segunda-feira, 31 de março de 2008

AURORA

“Alvorada lá no morro, que beleza

Ninguém chora, não há tristeza

Ninguém sente dissabor.

O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo

E a natureza sorrindo, tingindo, tingindo

(a alvorada)”...

Cartola

Bom dia! O amanhecer é lindo, sim. Aqui e em qualquer lugar. Exceto quando a afobação nem nos permite percebê-lo. Hoje, mesmo quando não tenho absolutamente nada para fazer durante todo o dia, o que não é raro, me levanto ainda antes das últimas voltinhas da terra perante o sol, quando ela está prestes a descortiná-lo e assim dá gosto. Acostumado ao batente desde muito jovem já que tinha eu 14 anos de idade, fui cedo forçado a conviver com a mudança que se opera quando termina a escuridão da noite e irrompe aquele claro sem medida. Lindo nem sempre, se o olharmos com os olhos das obrigações e preocupações com as lidas da vida, mas lindo pelo acesso soberbo e indiferente a tudo. Para mim é como presenciar ao vivo em com todas as cores, uma mudança de estação. Não me satisfaz abrir os olhos e ver pela janela do quarto que o dia já é dia sem ter admirado como testemunha o seu nascimento. Gosto de começar junto com ele. Observando o branqueamento infalível da noite vencida sem necessidade de luta ou qualquer outra contestação da natureza. Com estrelas e lua serem tragadas, num deslize do tempo, pela imensidão da aurora. Ainda mais quando ela vem aparecendo dominadora e imponente com aquele gigantesco sol dourado atrás de uma montanha. Bom dia!

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