sábado, 29 de março de 2008

DIMINUA O TAMANHO DO PEIXE QUE EU APAGO A LAMPARINA

Homem pesca peixe 25 anos após tê-lo jogado na água*

Algumas pessoas pescam peixes e depois os devolvem à natureza. Com o biólogo americano Bill Wengert, do Estado de Wyoming, aconteceu algo diferente: 25 anos depois de ter jogado um peixe na água, ele pescou-o. Em abril de 1983, Wengert e outros biólogos do Departamento de Pesca depositaram cerca de 12 mil trutas em um reservatório no sudoeste do Estado. Lucy Wold, porta-voz do departamento, contou que Wengert estava pescando recentemente no reservatório - que tem 146 km de comprimento - quando fisgou uma truta. O biólogo, então, percebeu que a barbatana pélvica direita da truta estava cortada, o que indicou se tratar de um peixe que havia sido depositado no reservatório. Examinando dados históricos das atividades do departamento, ele concluiu que a truta havia sido colocada naquelas águas no dia 14 de abril de 1983. "Provavelmente fui em mesmo que cortei a barbatana desse peixe, e era eu que estava guiando o barco quando as trutas foram depositadas no reservatório, quase 25 anos atrás", afirmou Wengert.

Sábado, 22 de março de 2008, 10h47 ( fonte: http://noticias.terra.com.br/popular)

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Pois eu também tenho minha história de pescador digna desses torneios que são realizados para expor e premiar as maiores proezas dos aficionados pelo banho na minhoca. E é semelhante à credibilidade dessa que foi relatada na notícia ai em cima. Meu pai que não é pescador e não gosta de mentiras (a primeira afirmativa é verdadeira) contou na roda de crianças que se fazia em nossa casa uma aventura de uns amigos seus, com tanta convicção que até ele mesmo acreditava no grande feito. E é pura verdade. A fé das crianças e suas crenças são tão inabaláveis, principalmente se são provocadas pelos pais. Acreditei por muito tempo e construí o cenário completo dessa história em minha imaginação como foi descrita nas minúcias.

Lançadas as varas, a turma ali naquele silêncio cheio de cumplicidade e vigília que caracterizam os momentos de concentração na margem do rio e, de repente, eis a fisgada. O sujeito dá linha para agarrar bem a presa e repuxa e solta, repuxa e solta, repuxa e solta para dar uma canseira no bicho e tirá-lo da água com aquele prazer de cintilar os olhos. Começa a se inverter a situação em favor do peixe e o pescador dá ares de cansaço e sem forças para arrancar a vítima. A turma acode logo e faz um cordão como aqueles que se faz para resgatar pessoas caídas em um buraco. O peixe resiste bravamente. Trocam a linha por uma mais grossa e amarram-na no pára-choque de um dos carros para aumentar a força e nem sinal da cabeça emergir. Antes que arrebentasse a linha e se perdesse essa pérola rara, avistam um trator desses de fazenda e alguém tem a brilhante idéia de amarrar com cabo de aço, que o bicho além de grande era forte mesmo. Um dos mais corajosos entre o grupo entra na água e troca o frágil anzol por um gancho daqueles usados para ancorar navio. Agora vai! Foi unânime o grito. Foi dada a partida e ligada a tomada de força. Acelerou. Potência total. Expectativa geral. Disse meu pai que retornaram cabisbaixos e frustrados todos já que não foi possível nem uma fotografia para tornar ainda mais verossímil a história. O rio entortou todo, mas o peixe não saiu.


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