quarta-feira, 12 de março de 2008

IBVB, OBRIGADO

Desenvolvi meu próprio sistema para aferição de crescimento da economia e distribuição de renda. Mesmo que essa distribuição se dê em círculo e não fuja da roda. Chama-se Índice o Brasil Vai Bem, Obrigado. Daqui para frente vamos tratá-lo por IBVB, Obrigado. Não tenho muita pretensão, uma vez que economia clássica não é especialidade minha. A doméstica sim, essa entendo bem. Espero, entretanto, que sirva para orientar os catastróficos boletins de imprensa dos economistas e comentaristas de economia, quase sempre assemelhados a previsões astrológicas. Só trocam os céus e os astros pelos cenários, os mercados e os investidores. O meu não. Qualquer um que vive de salário, sem salário (principalmente), ou de vender algo hoje para garantir o leite das crianças pode usá-lo com muita eficácia e eficiência. Essas duas últimas palavras aprendi com os economistas. Serve também para orientar estudantes de economia a produzirem uma monografia ou tese, se não for de minha parte querer muito. (O meu sobrinho Leandro esta cursando. Alô, meu jovem, aproveite a ocasião)

O método básico consiste em observar os movimentos em todos os lugares, em todas as direções, com todas as alterações que forem se operando no tempo. Das pessoas e das coisas e das coisas e das pessoas. Parece difícil à primeira vista ou observação, mas é simples. Os ônibus que você costuma usar estão mais cheios ultimamente ou não? Não leve em conta horário, número de carros na linha, essas coisas que nunca são obedecidas. Sempre que andar de táxi, converse com os motoristas. Esses sempre falam da praça, se tá ruim ou boa. Melhor ainda com aqueles que pagam aluguel do carro e vivem na correria danada atrás de passageiros. Às vezes, pelo sorriso ou pela cara amarrada, já dá para avaliar, sem precisar perguntar nada. Caso não tenha grana para o táxi, procure conversar com eles assim mesmo nos pontos de parada. Enquanto aguardam a vez, adoram um bate papo. Observe o movimento dos catadores de lixo reciclável. Se o número deles tem aumentado ou diminuído em sua rua, seu bairro ou nos locais onde freqüenta. Quando diminuem pode ser uma leve e provável tendência de que conseguiram algum emprego. A fila do caixa do supermercado é um outro bom parâmetro. Ultimamente, elas têm sido enormes de 2ª a 2ª. Esse item pode ser estendido a sacolões, padarias, farmácias, açougues e outros lugares que a gente não deixa de freqüentar, mesmo que não queira. Os moto-boys são outro ponto a ser notado. Pelo menos aqui em Belo Horizonte eles já estão quase que se igualando em número ao dos carros. Emparelhados com eles, já estão há muito tempo. Viajar de ônibus ou de carro é mais um excelente termômetro. Veja as demoras nas rodoviárias, nas estradas e o incrível aumento do número de acidentes. Nisso eu rivalizo de novo com os boletins da mídia, que só dão atenção ao tal do caos aéreo. Que caos, se só seis por cento da população viaja de avião? Já viu repórter passar o dia inteiro numa rodoviária para falar do caos dos ônibus? Um item interessante. Se você tiver um cachorro ou gato de estimação, note quando for levá-lo para banho ou tosa. Agora tem fila de espera. Há lugares que tem até agendamento prévio. Mas se não os tiver, ou se tiver e eles tomarem banho na mangueira de casa mesmo ou não tomarem de jeito nenhum, sem problemas, não invalide a observação. Fique uns instantes na porta de uma loja dessas e verá com os próprios olhos. Ou então dê uma ida a um supermercado ou drogaria, na seção de comida e outros produtos para animais. Tem ração igual a arroz e feijão.

Portanto, a não ser que você esteja dentre os milhares de poucos investidores, empresários, que esteja a serviço da mídia, seja executivo de grandes corporações ou ainda economista de escola, nada de Bovespa, Dow Jones, Nasdak, Tóquio, Nova Iorque, mercados emergentes e outras volatilidades (esta também os economistas me ensinaram ). O meu método é fácil e pode ainda ser enriquecido com outros quesitos à sua escolha. Use o IBVB, Obrigado.

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