terça-feira, 30 de novembro de 2010

ENGORDAR É FÁCIL

Dizem as mais rechonchudas estatísticas que quase a metade da população brasileira está obesa ou acima do chamado peso ideal. Diga-se de passagem, essa vida de perde-ganha que levamos quase sempre sem troco de valor, não acontece na lógica desejada com o peso. É muito fácil ganhar (se o que você está ganhando é tecido adiposo, dobra na cintura...,  já dinheiro... prepare-se, malhação pura...) Pode não ser sinônimo de saúde boa, mas é muito mais fácil ganhar do que perder peso. Começa no biotipo. Olhemos bem para nossos antepassados e, com uma variação pequenininha, puxando pela família do pai ou da mãe, notaremos (talvez tarde demais) que não seremos muito diferentes de seus tipos físicos. Acho que o problema está em observar tarde demais. Quando crianças é uma alegria ouvirmos dizer que somos a cara do pai ou da mãe. Quando adultos, já não dizem cara e sim “corpo”. Então, melhor tomar cuidado desde cedo se a gente provém de uma família de gente que tem um tipo físico que não queremos copiar.

Nem vou falar na comilança por ansiedade ou mesmo por gula. Isso é coisa para especialistas. Veja bem um exemplo fresquinho: hoje mesmo eu estava na fila do açougue num supermercado, quando o senhor da minha frente gastou exatos 23 reais e uns centavos para levar para casa cerca de 12 quilos de matéria prima para torresmo. E ele insistia com o atendente que o toucinho estava gordo demais. O funcionário fez malabarismos de emagrecer para conseguir umas tantas mantas finas a fim de satisfazer o cliente, parecendo aquelas mantas de cobrir bebês, de tão grandes. A mulher que estava ao seu lado ficou com os olhos brilhando. Não vou dizer aqui que estava literalmente com água na boca senão vou passar por mentiroso. Mas que eu vi um fiozinho lhe escorrendo nos lábios, isso eu vi!  Resolvi investigar mais aquele casal. Não com intuito de bisbilhotar a vida alheia, apenas para ver como ia terminar essa crônica que começou a ser escrita lá mesmo.

Passando pelo setor dietético a caminho do caixa pararam para olhar os preços dos produtos de emagrecimento. Dez, vinte vezes mais caros, proporcionalmente ao toucinho que compraram, e ela disse:

 - Não, amor, isso é caríssimo e a gente nem gosta, vamos levar apenas refrigerantes diet que já dá para equilibrar.

Saí dali me lembrando de uma coisa. Há pouco tempo estive em São Paulo na Bienal do Livro e lá me encontrei com uma prima que não via há mais de vinte anos, talvez trinta. Foi uma alegria imensurável. Inclusive porque ela estava exatamente como era a minha mãe. Rosto e corpo incrivelmente semelhantes. Na hora que a vi, num primeiro momento tive a sensação de que era a minha mãe que estava lá me dando uma forcinha do além, no nervoso lançamento de meu livro. Contei isso à minha prima. Passados uns dias ela me enviou um e-mail mandando dizer para todos os demais parentes daqui de Minas que quem não a viu gordinha nunca mais teria esta chance, pois acabara de fazer uma cirurgia de redução de estômago. Não sei se foi uma coincidência, se já estava programada a sua cirurgia. Ou será que ela ficou satisfeita com a semelhança apenas de rosto?

domingo, 28 de novembro de 2010

VINTE E UM MINUTOS PARA O SÉCULO XXI

Mudaram os tempos e os métodos também devem mudar. Quem sabe isso não ajude a sensibilizar, a mobilizar mentes,  a comover corações e movimentar corpos. À LUTA, GENTE!
Cliquem, vejam, divulguem para todo o planeta.


História das Coisas - Versão brasileira por MaxKaos no Videolog.tv.

sábado, 27 de novembro de 2010

IMPULSIVIDADE

Minha impulsividade para agir é benfazeja.
Por isso às vezes me dou mal. 
Ainda bem.
imagem google

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A ANGÚSTIA

Escrito para o texto da Lúcia Soares O GRITO DO CORAÇÃO, leia aqui

Eu disse certa vez num poeminha que a angústia é um desnudamento da alma. Acho que ela parece ter se virado ao avesso, mostrando para nós o lado mais obscuro que temos por dentro  e a gente fica sem entender , sem ter como explicar. Daí o corpo entra em defesa(auto) e transforma o que poderia ser um conhecimento interior em sensação de doença. Mas é pura defesa. Uma espécie de embate de nós com nós mesmos. No final, sai um poema ou  uma consulta médica.


ANGUSTIA EM ACRÓSTICO

Alma nua. Grave. Um simples temor inicial aparecido
Nada grupal.
Guardado um sentimento terrível, inimigo assaz
Único, solitário, triste, inerte, aflito
Sem ter índole admirável.
Trás ilação antecipada
Induz atos
Arrefecedores.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

BOM EM QUALQUER ÉPOCA - O ANÔMALO

Há tanta produção literária por esse mundão, tanta coisa que tanta gente tem acesso e muito mais coisa que tanta gente não tem que pelo bem do conhecimento humano e da literatura, acho que toda oportunidade que tivermos para aumentar a visibilidade de textos bons não pode ser perdida. Selecionei alguns que acho que precisam de quando em vez ser divulgados pelas suas qualidades inumeráveis. É só mais uma forma de dar ainda mais vida à sua imortalidade. Só lendo para qualificar. E isso cabe ao leitor.



O anômalo
(Léo Borges)
(escreve em revistasamizdat.com)


Uma aula de antropologia nunca me saiu da cabeça. Foi quando a professora comentou sobre como o preconceito procura brechas no famigerado “politicamente correto” para se perpetuar. Ela citara o exemplo de jovens alemães que espancavam tunisianos, turcos e marroquinos com a ideologia de que estavam sendo cívicos, isto é, inibindo a presença de estrangeiros que queriam tomar seus empregos. Preconceito? Que nada. Estavam apenas exercendo um ato soberano, digno de defesa da pátria.
O respaldo em questão é necessário para que não haja uma conduta violenta sem fundamento. Assim, tudo é justificado convenientemente e as raízes do preconceito não são abordadas e muito menos discutidas, mas ao contrário, mantidas e propagadas. As conseqüências dos atos advindos de uma cultura preconceituosa são normalmente discriminatórias e violentas, mas tanto o preconceito quanto a influência retórica que a suportam são amplos e sutis, delicados como a própria hipocrisia humana.

Nessa mesma aula a professora ainda comentou sobre um suposto episódio ocorrido entre neonazistas tupiniquins e europeus. A polícia havia descoberto uma conexão entre eles em que os tais novos nazistas brasileiros solicitavam aos congêneres da Europa verbas para que pudessem dar continuidade ao combate contra os negros, índios e homossexuais no Brasil. O bando europeu achou a idéia bastante interessante e apoiou o trabalho. Entretanto, não liberou o dinheiro por um entrave burocrático sinistro: na lista de execrados dos nazis do Velho Continente apareciam também os latino-americanos.
A biologia evolutiva especula que o ser humano é um animal naturalmente preconceituoso. Nesse sentido, a experiência cultural apenas encobre tal característica que, segundo essa tese, foi essencial para a nossa sobrevivência e evolução. O ranço discriminatório é impossível de ser extirpado, mas a maneira como lidamos com ele poderia ser abordada de outra forma, já que o modo superficial com que é tratado – principalmente em campanhas e projetos governamentais –, além de não eliminar o problema, o deixa latente, acuado em algum ponto da subconsciência esperando uma chance para emergir.

De acordo com a Anti-Defamation League (organização americana que combate ações preconceituosas) até os seis anos de idade praticamente metade das crianças já proferiu algum termo pejorativo em detrimento de alguém que não possuísse traços semelhantes aos seus. Sem cerimônia, algumas delas apontam diferenças e, não raro, achincalham parentes obesos ou pessoas que tenham algum detalhe que não lhes pareça comum. Diante disso, são admoestadas por seus pais, que, por sua vez, na luta para melhor se ajustarem a uma digna conduta social, compartilham um sentimento que forja uma noção de justiça – frágil ante sua essência –, mas que visa, com alguma nobreza, conter a sanha racista da qual somos portadores.
imagem google

Mas foi conversando com conhecidos num bar que tirei algumas conclusões sobre a profundidade da coisa. Começou quando alguém comentou sobre o capítulo de uma novela. Um dos presentes, ao ser inquirido, simplesmente disse que não assistira porque não possuía televisão em casa. Bom, o espanto (meu inclusive) foi geral, pois em princípio pensamos que ele não tinha recursos para isso e houve um efêmero sentimento de dó em relação ao cara (primeiro conceito concebido sem esclarecimento). Mas logo se viu que ele não tinha TV porque não queria ter TV, e não por não ter dinheiro para comprar uma. De pena, o sentimento passou a ser de perplexidade em rota migratória para o inconformismo (segundo conceito concebido sem base fática). Como alguém poderia não querer ter um aparelho de TV hoje em dia?

Segundo uma sentença proferida recentemente pelo 2º Juizado Especial Cível de Campos, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, é, realmente, impensável alguém ficar sem este tipo de aparelho em casa. Não é um eletrodoméstico supérfluo, como bem deixou claro o juiz na sentença do caso de um homem que reclamou da longa espera pelo conserto de sua TV. O magistrado disse que “o aparelho é considerado essencial aos lares brasileiros”, e citou ainda, como referência, o fato de o pobre indivíduo ficar sem poder assistir “jogos do Flamengo e o ’Big Brother Brasil’” (Processo nº: 2008.014.010008-2). Ou seja, o nosso camarada que desprezava o singelo eletrodoméstico contrariou, ainda por cima, uma decisão jurídica.
Ele argumentava que não tinha o aparelho por não gostar de ver televisão, de não gostar do que a TV exibe. E não queria gastar dinheiro para ver a barbárie nos telejornais ou as assépticas tramas novelísticas. Não queria ver seriados, programas de auditório e talk shows. Sua alegação era a de que filmes ele via no cinema; esportes ele ia ao estádio. Notícias? Lia jornal ou acessava a internet (cujo computador ficava em outro cômodo que não o seu quarto, conforme frisava). O sujeito começou, então, a ser visto como um eremita e muitos passaram, a partir daí, a boicotá-lo nas conversas, mesmo com provas irrefutáveis de que ele possuía plena condição de debater qualquer assunto. E esse era o seu diferencial: gostava de viajar, de ler, de interagir, se recusando a participar como pólo passivo - sentado, mudo e sonolento – diante de um ruidoso aparelho de TV.
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Uma senhora comentou entusiasmada que achava "muito bacana" a atitude dele, mas que não tinha "coragem de fazer o mesmo". Aqui podemos observar como é interessante o termo "coragem" empregado por ela. É como se ficar sem TV fosse um vertiginoso salto em queda-livre sem a proteção de uma grade televisiva. Outro freqüentador da roda comentou, posteriormente, que acreditava que esse tal “Sem-TV” era algum tipo de “metido a intelectual”, que queria passar a imagem de “alternativo”, mas que no fundo era, sim, “um anômalo”. Ele usou essa palavra com uma sinceridade aterradora. Seria anomalia uma pessoa não querer gastar uma grana num aparelho de TV? A máquina de consumo não iria gostar se muitas pessoas agissem como ele, pois algumas lojas e indústrias teriam de enxugar seus quadros e demitir. O Poder Judiciário também iria ter de rever suas decisões. Tudo por causa de um anômalo irresponsável que não quis comprar um televisor, aparelho este que já existe, inclusive, em modelos ultrafinos, de plasma ou LCD, podendo ser adquiridos em módicas prestações.

É. O tal sujeito que relutava em ter um aparelho de TV talvez fosse mesmo um anômalo, pedante, subversivo, indolente, desrespeitador, um elemento altamente nocivo à engrenagem capitalista, essa mesma que seduz as crianças com o Papai Noel de gorro vermelho, todo encasacado no verão de 42 graus brasileiro, exibindo os "pleisteichons" a preço de banana no canal de compras da TV por assinatura. Mas, o que mais me intrigou nisso tudo não foi o fato de termos entre nós um indivíduo que resistia em comprar um aparelho de televisão, mas como aquilo, discretamente, transtornou o comportamento dos demais. As pessoas nitidamente, nos encontros em que ele estava presente, não abordavam mais assuntos que pudessem criar algum possível embaraço (terceiro preconceito enraizado). Outros, que faziam a vez de defensores do Homem Sem-TV (como se ele precisasse de advogados), diziam que ele estava certo mesmo, que a programação da TV apenas cria na cabeça do espectador necessidades supérfluas, que proliferam injustiças e "idiotizam a massa". O cidadão em questão não desenvolvia o assunto quando estava no centro do debate. Ficava sem jeito, pois não queria ser um "anômalo", um bicho de circo dos horrores por não ter uma simples televisão. Queria apenas conversar. Desde que não fosse sobre o último capítulo de alguma novela, pois sobre isso ele não teria a mais vaga idéia.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

BOAS MENTIRAS

            Eu fiz xixi na cama até os doze anos. Não é mentira. Mentira foi o que me disse a Dona Mariinha, a comadre da minha mãe. Ninguém me entendia, ninguém me perdoava. Chorando em seu colo, veio a paz da cura, gotas de palavras injetadas na veia:
- Meu filho, olha a minha idade! Até hoje, de vez em quando ainda faço.
Quis ser solidária, mentiu para mim, acabou sendo remédio. Nunca mais mijei.

            Ensinam os bons manuais de comportamento humano e transmissão de caracteres antrópicos, que a mentira tem perna curta, que é feia, que desvirtua o caráter, que é isso, que é aquilo...

 Mas, atire a primeira pedra. E com força e pontaria certeira quem não cometeu esse desvio moral aceito como paradigma universal? Ela é tão presente em nossas vidas que tem vezes que duvido da verdade. Todo mundo duvida. Já ouviu notícia boa? Já reparou nas respostas e nas caras de surpresa?
-Mentira!  Sério?
- Não, você está brincando...
- Duvido!

            Como dizer a seu filho ou filha de cinco, seis anos que papai noel não existe? Que é o papai ou a mamãe de verdade, barrigudo ou não, barbado ou não, quem compra o presente de natal? Mentira? Para o bem da imaginação e capacidade futura de não perder sonhos nem fantasiar. A vida depois é dura.

Houve um período no Brasil que quem possuía carro ficava esperando todos os dias o Delfim Neto aparecer no jornal da televisão e dizer que a gasolina não ia aumentar de preço. Todos largavam o que estivessem fazendo e iam para a fila no posto mais próximo. Os postos fechavam cedo, ao anoitecer. De manhã, as bombas já estavam todas reajustadas. Acho que foi ai que nasceu o primeiro de abril, sei lá. Mas era uma mentira do mal.

Verdade seja dita: se não causar dano e for em benefício geral, diga a todos que minto.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

INCERTEZA

O Pensador - Rodin (imagem google)

Se transfiro a vaidade para a alma cresço
Se esta vaidade me apraz me reconheço
Se sofro com pequenas coisas mereço
Se vivo no benefício da dúvida calculo meu tropeço

Nas ondas alfa, beta e gama me embrenho
no descaso que com o pensar venho
Pode ser apatia ou será empenho?
Vou saber depois se certezas tenho

domingo, 21 de novembro de 2010

JOGO DOS 7

Recebi com muita alegria duas indicações para participar do JOGO DOS 7.   Uma foi da Thatica( blog Procura-se Gargalhadas e Amor), a outra da Celina. (blog Será que fui eu?) Vamos lá?

7 coisas que pretendo fazer antes de morrer

- Publicar muitos livros
- Ver meus netos (de minhas duas filhas)
- Morar em um lugar bucólico, sossegado e cheio de amigos por perto ou em contato permanente.
- Realizar um grande encontro onde possa estar a maior parte possível das pessoas que foram e são importantes em minha vida.
- Tudo o que for possível para não deixar nenhum embaraço ou constrangimentos (por minha culpa) aos que ficam.
- Aumentar dia a dia a minha tolerância e afetividade.
- Deixar bem claro (de preferência registrado) que sou doador de órgãos.


7 coisas que mais digo

- bom dia, boa tarde, boa noite,
- olá,
- como vai
- obrigado
- Assim é que é bom!
- Bacana!
- Paz e bem.

7 coisas que faço bem

- dirigir automóvel
- cozinhar
- manutenção mecânica
- lecionar (me disseram)
- lavar as mãos amiúde (ver nos defeitos)
- organização geral
- receber as pessoas

7 defeitos meus

- timidez
- vício de tabagismo
- Auto suficiência desmedida
- Uma dose meio exagerada de teimosia
- ler por muito tempo no banheiro (virou um vício, é defeito)
- deixar afazeres para a última hora (parece que há um incômodo e inexplicável prazer em trabalhar sob alguma pressão externa).
- lavar as mãos amiúde (será TOC?)

7 qualidades minhas

- Gentileza
- Generosidade
- Auto confiança
- Persistência
- Autocrítica
- Discrição
- Respeito humano

7 coisas que amo

- livros
- minha família toda
- meus amigos
- viagens
- conhecimento
- música
- minha casa


7 pessoas para fazerem o jogo dos sete

Eu gostaria de oferecer e convidar a todos que por aqui passarem para que fiquem à vontade para participar desta brincadeira séria.
Obrigado. Paz e bem.

sábado, 20 de novembro de 2010

AS MÃOS

imagem google


Eu tenho o hábito de culpar minhas mãos por muita coisa errada que faço. Sou estabanado demais da conta! Se deixo cair um copo, de quem é culpa? O choque levado na hora de trocar uma lâmpada simples: quem esbarrou no metal da boquilha? Aquele caldinho que insistiu (e venceu) a boca e foi parar na roupa: quem se responsabiliza?. Na escrita, as falhas de incidência, os erros de ortografia, a falta de concordância: quem vacilou? Se não me ocorre a inspiração, só não bato nelas porque seria uma luta igual e poderia quebrar a ambas.

É isso mesmo. As mãos têm vida própria. Pelo menos as minhas quase nunca estão em sintonia com o pensamento. Abusivamente desobedientes e de uma autonomia de enlouquecer o cérebro. Esse não comanda muito. Costuma ter o coração ainda num posto de hierarquia à frente de si.

Já descobri, por exemplo, que elas pensam diferente quando escrevem à mão (não é redundância, é essa autonomia irritante) e no teclado. Com a caneta não há a preocupação em salvar nada. Ao contrario, só rabiscar e jogar no lixo. Claro que de vez em quando tem que ficar revirando para ver se não fiou algo para trás. Aí é o cérebro que ordena que elas mesmas vão lá buscar no meio daquele monte de papel embolado para selecionar uma frase, uma palavra perdida e que está fazendo falta ao conteúdo do texto. Já no teclado  elas costumam se perder. Se fossem daquelas boas de digitação como as que aprenderam nas remotas aulas de datilografia, davam descanso ao cérebro, olhando apenas para o teclado. Mas não, deixam minha cabeça igualzinha à daquele humorista do cara-crachá, tendo que olhar a digitação e o monitor ao mesmo tempo, conferindo.

E nas horas inoportunas? Sabe aquela coceira nos lugares mais inapropriados do corpo no momento mais indevido? Nas filas ou outros aglomerados humanos onde todo mundo censura? É um horror a tentação! Ficar remexendo os quadris para a caceira se resolver sozinha é pior. É coisa de maluco, de quem está passando mal ou é afetado nos modos.

            Se tiver que ir a um analista por causa de manias, a primeira coisa que quero dizer é sobre o papel das mãos. A influência que elas exercem sobre nós. Contra a vontade ou favor, não importa. Não há mente equilibrada que controle as suas mãos para que obedeçam a todos os seus comandos. As mãos não têm esse equilíbrio que todos buscamos. Ou são submissas ou são rebeldes. Ou ainda uma mistura das duas coisas.

Aposto que as suas acabam de se virar para os seus olhos!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

LÓGICA DA EXISTÊNCIA

imagem espacoacademico.com.br
Quanto mais vou vivendo como resto de uma divisão em vez de um a mais numa soma, vou me aproximando da certeza de que o mundo não precisa de mim para nada

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O DIPLOMA E O SISTEMA

imagem google


Em terra de cegos quem tem um olho é rei. Então se você não enxerga nem um palmo à frente de seu nariz, pode ser um fortíssimo candidato a súdito. Assim é que vivemos nesse mundo arrevesado. O desenvolvimento de habilidades tem sido muito mais importante para a formação de dominadores e dominados do que o processo de aprendizado formal na prática. Que fique bem claro: na prática. Bem que diziam antigamente: “na prática a teoria é outra.” Agora entendo mais completamente essa máxima.

Veja a história da humanidade. Da academia e do liceu gregos até a escola capitalista muita coisa se perdeu. Caímos todos no conto de que a escolarização é o valor mais importante para se desenvolver material e socialmente. E quem é louco de dizer o contrário? Ela (a escola formal) abre as portas para muita coisa, sem sombra de dúvida, mas não é o essencial e já está mais do que provado por todas as famas construídas ou inventadas pelo dinheiro que estas não estão necessariamente ligadas - ouso dizer - na maioria dos casos, aos anos que se passou na escola. Imagine trabalhar para um milionário que teve pouquíssimos anos de escolarização! Temos milhares deles por ai. Ele pode contratar todos os doutores que quiser para servir-lhe (e estes ainda podem se sentir orgulhosos por isso); vai ser respeitadíssimo na sociedade a despeito de toda a ignorância escolar que possuir. 

Se as habilidades se juntarem ao conhecimento, então a pessoa pode se tornar invencível em argumentos e práticas que lhe levem ao topo de onde ela desejar. Seja num sucesso construído com trabalho honesto, seja no surrupio puro e simples com vemos muito por esse mundão afora. E tem ainda uma terceira onda que é aquela que mescla a aparência de honestidade com a sutileza da enganação. E é nesta última que embarcam os pobres mortais que vivem sem tempo de pensar muito e trabalham demais para sustentar alguns adoráveis malandros alçados ao posto de “vencedores”.

Bater de frente contra isso? Não. Acho que seria uma afronta tão absurda quanto dizer que a fé em Deus é uma bobagem. O sistema de distribuição das oportunidades é que talvez se dê por caminhos diferentes daquele que temos que trilhar a partir do instante que temos contato com o aprendizado da leitura e da escrita.

 Quem pensou, sistematizou, transformou tudo isso em quase lei universal? Ninguém sabe, ninguém viu. É uma outra habilidade desenvolvida - com ou sem ajuda da escola.

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PS: não confundo escolarização com formação. Não confundo habilitação legal (diploma) com habilidades desenvolvidas ou inatas.



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CARRÕES


FERRARI 599 GTO imagem ig



imagem ig

BMW Vision Efficient Dynamics - imagem ig

Dizem que o brasileiro é apaixonado por carros. Eu acho que a maioria é muito mais por status. Falo por mim também. Já houve uma época que o meu sonho de consumo era ter um carro. Um carrão, diga-se. Diante de minhas 4P (explico essa sigla): Permanentes Parcas Possibilidades Pecuniárias, o sonho vivia sendo rebaixado para um carro qualquer, de preferência financiado. Então adquiri primeiramente uma brasília azul, modelo geladeira, segundo meus desafetos e outros gozadores. No entanto, o devaneio de ascensão automobilística sobreviveu por muitos anos. Dormia por cansaço de tanto esperar e eu costumava acordá-lo com um presente, sempre que no trabalho houvesse uma promoção ou eu dava um jeito de fazer outro financiamento. Mudava para um melhorzinho, mais potente.

Nunca cheguei a ter o carrão e o sonho acabou se diluindo até extinguir-se por completo. Amadureci e os sonhos também. Eu ainda não caí, mas o sonho do carrão caiu de maduro e foi substituído por outras viagens.  Hoje, preciso de uma condução que me leve aonde eu precisar com um certo conforto e sem dores de cabeça e na coluna. Aliás, do jeito que anda o trânsito nas cidades, o caos ajudou a dizer não ao meu sonho.

Chego mesmo a achar estranha essa fissura que os homens, principalmente, tem pelos carros, os detalhes que gostam de destacar, buzinas com sons estranhos, faróis de cegar  outros motoristas, adesivos com as frases mais esquisitas e o inseparável som automotivo. Tem uns jovens que compram um aparelho de som e o equipam com um carro. Você, às vezes sai às ruas e vê uma verdadeira parafernália de som a milhões de decibéis sobre rodas.

Hoje, andando pelas ruas tenho uma lembrança saudosa de um desenho animado que assistia há muito tempo (Os Jetsons, onde as pessoas andavam em carros que flutuavam pelos céus, uma visão futurista que está se tornando necessária). Por aqui, fizeram metrô em poucos lugares e debaixo da terra já não está mais sendo suficiente para caber tanta gente, então acho que a próxima solução vai ser no ar.

O Paulo Patrício, um amigo mais realista do que eu - acho que já estava meio de saco cheio de me ouvir falar que eu gostaria de ter um carro assim, um carro assado, todos custando uma fortuna impensável me soltou esta, certa vez:
- Zé, no dia em que você conseguir adquirir um carrão desses, o homem já vai estar andando por ai de nave espacial.
Os Jetsons

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

AS COISAS DO AVESSO (MAIS)

Como na postagem anterior, continuo com as brincadeiras que comecei fazendo e que acabaram se transformando numa proposta de livro. Em breve será lançado AS COISAS DO AVESSO, uma coletânea que fiz de ditados populares e aforismos. Eu subverti os significados e chamei de desaforismos e desditos populares. Também como sou um apaixonado por etimologia, andei brincando com os significados de palavras, às vezes pelo som a que remetem, às vezes pelo próprio prazer de presentear a imaginação com o caminho que ela queria me levar em vez da seriedade que a lexicografia recomenda. Então está ai uma palhinha do meu próximo lançamento. Vai de A até Z.


DESAFORISMOS E DESDITOS POPULARES



A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO.
O cara que inventou isso nunca soube o que é um piriri.

BONITO É SE ASSIM LHE PARECE
A expressão honesta de quem prefere chamar de simpático o feio.

CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU.
O que é que você tem com isso?

DAR MURRO EM PONTA DE FACA
Criado para resolver o impasse entre a indecisão e a ignorância.

EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSQUITO.
Nem arroz, nem feijão, carninha...

FALEM MAL MAS FALEM DE MIM.
Sem comentários, obrigado.

GATO ESCALDADO TEM MEDO DE ÁGUA FRIA.
Incorporado pela cachorra daqui de casa. Estava acostumada a tomar banho de mangueira até o dia em que foi levada num pet shop pra banho. Só de olhar para mangueira hoje ela já corre.

HÁ MALES QUE VEM PARA O BEM.
Há “malas” que vem com essa intenção. Isso é bem?

JOGO E BEBIDA, CASA PERDIDA.
Se for beber e jogar, anote seu endereço num papelzinho. Sempre haverá alguém de bom coração que o deixará em casa.

LARANJA MADURA NA BEIRA DE ESTRADA TÁ BICHADA OU TEM MARIMBONDO NO PÉ.
Conhece o Nhô Lau, da história do Chico Bento? Melhor verificar se não tem alguém do tipo vigiando o laranjal antes de roubar algumas.

MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO DO QUE DOIS VOANDO.
Maldade e ganância dos contrabandistas de aves.

NÃO ADIANTA CHORAR O LEITE DERRAMADO.
Frase criada para popularizar o leite de caixinha quando foi lançado. Estavam querendo convencer os consumidores de que não precisava mais ferver o leite.

O DONO DO BOI É QUEM PEGA NO CHIFRE.
O duro é quando se vira dono do chifre.

PAU QUE NASCE TORTO MORRE TORTO.
E ainda por cima mija fora do penico.

QUEM ESTÁ NA CHUVA É PARA SE MOLHAR.
Frase maldosa de quem fica de sombrinha ou guarda chuva na marquise ocupando lugar de quem não tem.

RIR É O MELHOR REMÉDIO.
Só não vá recomendar isso a quem acabou de sair de uma cirurgia e está com pontos.

SE A TOCA É ANCHA, O TATU É GORDO.
E o Ibama está de olho nos caçadores. Quer dizer, pelo menos deveria.

TIRAR O PAI DA FORCA
Função moderna do advogado que vai soltar o cara que não pagou pensão alimentícia.

UMA MÃO LAVA A OUTRA.
Engraçado, né? Nem precisa a gente mandar. As minhas têm uma autonomia...

VASO RUIM NÃO QUEBRA
Então é bom para  sanitário.

ZANGAM-SE AS COMADRES, DESCOBREM-SE AS VERDADES.
Se for zanga de uma com a outra pode ser sinal de que o marido de uma tem culpa no cartório.


BRINCANDO COM AS PALAVRAS

AMARROTAR – Aquela pessoa que adora dar um arroto
(amassar)

BIMESTRE: Uma pessoa que possui dois títulos de mestrado
(período de dois meses consecutivos)

CALABAR: Aquele pessoal que trabalha na vigilância sanitária e toma conta da lei do silêncio, fechando bares que não a obedecem.
(Senhor de engenho do Séc  XVII, aliado dos holandeses que invadiram o nordeste do Brasil)

DEMOLIÇÃO: Ensinamo alguma coisa
(destruição, derrubada de edificação)

ESVAI: Em alguns lugares de Minas é o mesmo que dizer “eles vão”
(evapora-se)

FAMILISTÉRIO: O cúmulo do nepotismo praticado por algum ministro descarado, que emprega desde a mãe até o cachorro da família  em um ministério.
(Conjuntos de habitações encostadas umas às outras para acomodar diversas famílias - na concepção do Socialista utópico Fourier).

GENDARME: alguém me fazer uma doação de material genético
(soldado francês)

HAUSTELO: “lígido”,  “ligoloso”, assim falado por  quem possui dislalia como o Cebolinha
(Parte da armadura bucal dos insetos dípeteros)

INDEFERIMENTO: Um machucado que ainda não sarou
(negação de um despacho, desatendimento, indeferimento)

JABUTIFEDE: Já ouvi dizer também, mas nunca tive oportunidade de cheirar um jabuti.
(Tribo indígena que habita entre os igarapés Cacoal e Riozinho, afluente do rio Jiparaná-RO).

LAVA-CU: Te peguei, hein? Não é nada disso:
(besouro preto de asas transparentes).

MAÇADURA: É a massa resultante do erro de medidas do pedreiro ou do cozinheiro.
(sinal de uma pancada no corpo, hematoma)

NAMORADA:  No interior da residência
(mulher a quem se namora, que se enamorou)

ONZENICE: Para uma dúzia, falta apenas uma Nice
(Intriga, mexerico, bisbilhotice)

PREAMAR: Uma espécie de ensaio para o amor. Coisa de quem está “ficando”.
(Maré alta)

QUIBEBE: Uma pessoa afeita a uns goles de vez em quando ou de vez em sempre.
(Prato preparado com os grelos de abóbora)

REFINADA: uma ex acusada de algum crime (pois morreu)
(requintada, rebuscada)

SALDADO: Sal grátis
(pago, quitado)

TAFUL: Forma abreviada de tá fulminado, que é  sinônimo de tá fodido ou tá lascado
(alegre, festivo)

UNIVERSO*: Juntei sílabas, palavras, frases, estrofes e fiz poesia.
(o conjunto de tudo quanto existe, incluindo a Terra, os astros, as galáxias e toda a matéria disseminada no espaço)

(* Esta aqui fica como uma homenagem ao blog da Ester UNI-VERSOS)

VOLUTA: Uma avó que batalha
(arquitetura - ornato espiralado de um capitel de coluna)

XAMATA: Propaganda de má fé usada pelos fabricantes de refrigerantes, café e outras bebidas concorrentes do chá.
(manto de seda lavrado com couro, usado no oriente)

ZENOGRÁFICO: Um Zé qualquer que conste em gráficos estatísticos.
(relativo ao disco aparente do planeta Júpiter)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

AS COISAS DO AVESSO

Minhas duas próximas postagens vão ser sobre umas brincadeiras que comecei fazendo e acabaram se transformando numa proposta de livro. Em breve será lançado AS COISAS DO AVESSO, uma coletânea que fiz de ditados populares e aforismos. Eu subverti os significados e chamei de desaforismos e desditos populares. Também como sou um apaixonado por etimologia, andei brincando com os significados de palavras, às vezes pelo som a que remetem, às vezes pelo próprio prazer de presentear a imaginação com o caminho que ela queria me levar em vez da seriedade que a lexicografia recomenda. Então está ai uma palhinha do meu próximo lançamento. Vai de A até Z.


DESAFORISMOS E DESDITOS POPULARES

A SERVENTIA DA CASA É A PORTA DA RUA.
Em situações de perigo, inverta o sentido da frase e entre na primeira que encontrar à frente.

BARRIGA GRANDE NÃO É SINAL DE FARTURA.
Barriga sarada não é sinal de subnutrição. Cuide-se bem.

CUTUCAR A ONÇA COM VARA CURTA.
Se ela não estiver enjaulada ou você não tiver uma arma pouca diferença faz o tamanho da vara.

DAR UM TAPA DE LUVA
A intolerância que impera o restringiu aos lutadores de boxe.

EM TERRA DE CEGOS, QUEM TEM UM OLHO É REI.
Se você é daqueles cuja visão do mundo vai até um palmo à frente do seu nariz, pode se considerar um súdito.

FOCINHO DE PORCO NÃO É TOMADA.
Já pensou tomar um choque em plena feijoada?

GENGIVA NÃO MORDE MAS SEGURA OS DENTES.
Frase que os periodontistas adoram e os protéticos detestam.

HOMEM DO SACO ROXO.
Com o advento do metrossexual  temos agora rosa, laranja, até depilado.

IRMÃO DE BARQUEIRO NÃO PAGA PASSAGEM.
Faz parte daquela tese do nepotismo ( “filho de peixe, peixinho é.)”

JACARÉ QUE FICA PARADO VIRA BOLSA
Só atualizando: jacaré vira bolsa de qualquer jeito se não tiver fiscal por perto. E a carne ainda vai para restaurante de comida exótica.

LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO TEM CEM ANOS DE PERDÃO.
Se conseguíssemos colocar isso no código penal, estaríamos inventando o fim da roubalheira de dinheiro público.

MACACO VELHO.
Tem um elo perdido na evolução, segundo Darwin, mas o macaco velho é o fim da corrente, sem dúvida.

NÃO HÁ NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO.
Eis a relatividade das coisas: para quem tem comida garantida no dia seguinte pode ser um sono tranqüilo. Para quem tem que batalhar por ela, pode ser um acúmulo de tensão.

O APRESSADO COME CRU.
Não havia ainda o self service.

PANELA VELHA É QUE FAZ COMIDA BOA.
E eu pensando que era o (a) cozinheiro (a). Quanta estupidez!

QUEM CASA QUER CASA.
Mesmo depois do divórcio e principalmente se o financiamento já estiver quitado.

RAPADURA É DOCE MAS NÃO É MOLE NÃO!
Meu manifesto a favor:
Não seja sorvete, seja rapadura!

SOFRER DE VÉSPERA.
Apropriado aos adeptos do ditado “desgraça pouca é bobagem”.

TER O OLHO MAIOR QUE A BARRIGA.
Quando a ferrenha  disputa entre o olho gordo e a barriga grande é vencida pelo olho, a obesidade é mórbida.

UM É POUCO, DOIS É BOM, TRÊS É DEMAIS.
A partir do R$ bilhão eu concordo plenamente.

VÃO-SE OS ANÉIS, FICAM OS DEDOS.
E assim, de “mãos limpas” recomeçam a operação de rapina.

ZEBRA SEM LISTRA É CAVALO.
A zebra é um cavalo listrado de preto e branco ou o cavalo é uma zebra sem listras?
Ufa! Quanta bobagem!


BRINCANDO COM AS PALAVRAS


AMAZONA: É aquele cara que adora um local de prostituição. É também alguém que é chegado numa bagunça.
(mulher aguerrida e de coragem viril; mulher que monta a cavalo)

BISCOITO: Uma relação sexual tão boa que pede repetição.
(Bolinho de farinha de trigo, de maisena, queijo, etc)

CETICISMOS: Sete terremotos
(descrença, dúvida generalizada )

DEPURAÇÃO: Aquele que não é muito ligado a teorias. Pessoa muito prática.
(limpeza, purificação)

ESCARAVELHO: Um cara que rejuvenesceu
(espécie de besouro)

FAVILA: Uma favela que vai sendo transformada aos poucos em vila, na escala de classificação urbana.
(fogo coberto ou misturado com cinzas)

GAIO: Em algumas regiões de Minas, é aqueles ramo de uma “alvre”
(jovial, alegre)

HEMATOMA: É o mesmo que “ema bebe”
(Marca ou sinal de pancada no corpo)

INFORMIDADE: Fala quantos anos tem.
(falta de formalidade, deformidade)

JACENTE: Que passou a ter  sensação, que sente algo imediatamente
(que jaz,  que está situado, imóvel estacionário)

LEPTOPROSOPIA: Guarnecer o lap top com enfeites que lhe deixem parecido com uma cara humana.
(Conjunto de características faciais que inclui, face estreita, órbitas pequenas e redondas, nariz longo, narinas estreitas e boca pequena)

METAFÍSICA: Objetivo corporal que se quer atingir com exercícios.
(Estudo do ser  e especulação em torno dos primeiros princípios e das causas primeiras do  ser, segundo Aristóteles, filósofo)

NASTIA: Na casa das irmãs da mãe ou do pai.
(Movimento de curvatura das plantas e partes vegetais, provocado por um estímulo de caráter externo).

OPERATRIZ: Faz uma cirurgia em uma pessoa que trabalha com interpretação artística.
(máquina que executa algum trabalho)

PRENÚNCIO: Aquele que está almejando uma boquinha no Vaticano como núncio apostólico.
(prognóstico, anúncio de alguma coisa ou fato futuro)

QUATRUMANO: Quatro brother.
(Sertanejo do Rio São Francisco)

REBUSCADA: É a procura da marcha a ré por quem está aprendendo a dirigir
(esmerada, requintada, sofisticada)

SABINADA: Um completo ignorante.
(Revolução separatista ocorrida na Bahia durante o período regencial, a qual  tinha por objetivo desligar o governo Provincial do da Regência)

TAXIDERMISTA: Taxista que também faz tratamentos de pele.
(Aquele que é especializado na arte de empalhar animais).

UMBANDISTA: um tocador de instrumento ou vocalista de uma banda.
(Que pertence à umbanda ou relativo ao cultista da forma originada de elementos religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano)

VOLIÇÃO:  Uma avó que ensina muita coisa
(ato pelo qual a vontade se determina a alguma coisa)

XERODERMIA : ato de cheirar a pele.
(Afecção que se caracteriza pelo descoramento, secura e descamação da pelo)

ZOIATRA: Médico que trata dos olhos.
(Variação de zooiatra, veterinário)


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