domingo, 6 de abril de 2008

DEMO

“Abre as asas sobre mim, oh senhora liberdade

Pois fui condenado sem merecimento...”

Senhora Liberdade (Wilson Moreira e Nei Lopes)

Hoje estou para provocação. Ou melhor ainda, para o troco. O que vou dizer deve ter sido inventado por americanos. Não é o sofrido torcedor do América Mineiro, não. São os americanos da américa do norte mesmo, esses que se acham os donos do mundo. Que gostam de exorbitâncias, grandezas e as esparramam mundo afora para nos aporrinhar a paciência, mais do que já fazem com nosso dinheiro, nossa cultura e outras atrocidades globalizadas. Vamos nesse ritmo.

. Os barulhos nas ruas dos bairros que têm mais casas que prédios de apartamentos são mais bem definidos. Do alto de um apartamento, ruídos externos são menos decifráveis ou são mais desconsiderados. Eles são múltiplos, continuados e sem apelo que mereça atenção, salvo tiro ou batida de carro. Em casa, até mesmo por estarem nossos ouvidos mais próximos da rua e com auditiva prevenção de segurança, ficamos mais sensíveis ao que se passa lá fora. O caso aqui tem sido a última moda desses imensuráveis e insuportáveis sons dos carros que circulam dia e noite, tarde e madrugada. Não satisfaz o sujeito ter um potente aparelho de som em casa ou assistir a esses shows tri-elétricos de milhões de maga watts de decibéis. Eles agora acompanham o seu dono nos porta malas dos carros. Acreditam os DJ’s automotivos que estão agradando com sua boate-pagode-vazia-ambulante. Digo isso porque passam bem devagar para democratizar a música(?) caótica e sem graça. Dá a impressão que querem ser aplaudidos ou verem alguém chegar ao portão ou à janela para lhes fazer um aceno de carinho ou aprovação. Até no céu se escuta. Já vi até urubu subindo em direção à camada de ozônio para abafar o ruído. Sorte deles é que o som se propaga no ar e não dá pra Deus ouvir. Eu os tenho chamado de som de irritar cachorro. A cachorrada late num efeito dominó. Deu pra saber, inclusive que a população canina é enorme aqui no bairro. A raiva deles é tanta, que mesmo depois de passado o barulho eles continuam a latição como se quisessem mandar um recado ao portador da zoeira: estamos latindo até agora para ver se você não volta mais aqui, seu chato!

Nas minhas caminhas adotei o habito de escutar um radinho com fones de ouvido (PARA NÃO INCOMODAR OS OUTROS). Poucos dias atrás ouvi uma música que me inspirou a fazer uma faixa e colocar aqui na porta para dar um recado a essa turma. Já procurei por tudo enquanto é internet e não achei toda a letra, mas o refrão eu guardei bem e é uma luva-carapuça para vestir nesses caras. Diz assim:

“Feche esse carro, bundão,

que meu ouvido não é penico não.

O que lhe sobra de potência, falta de educação.”

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