Banalidades não consomem meu bem estar interior procurando a enganadora aparência de profundidade naquilo que é um jeito facinho de ser feliz. Não encontro em nenhuma superficialidade algo além do transitório, sinônimo poético de “efêmero.” A integridade que me sustenta as pernas através do que alimenta meu corpo precisa se ajuntar à outra integridade retirada de onde eu busco meu alimento para a alma.
A tentação do consumo não me corrói irresponsavelmente as finanças e não rôo unhas por causa do nervosismo diante de algum bem que não posso ter ou que pude e me arrependi por não ser bem aquilo que me satisfaria além de alguns momentos. O efeito da impulsividade é assim: lembra-nos em poucos instantes que tudo é passageiro em termos de matéria.
Apesar de não ser muito favorável a muitas permanências, elas são fundamentais no quesito satisfação que caminha em direção à tão sonhada felicidade.
As raivas que sinto, sinto exaustivamente, feito um estóico que busca no sentido da dor o aprendizado. Azar, se dizem que não é necessário. Que posso fazer se assim é que me sinto fortalecido? Me aquieto até digerir bem e depois fazer uma espécie de dreno em forma de superação, compreensão e resposta escrita ou falada, mas não vaga. Nem o famoso deixa pra lá, nem a ofensa de revide. Vejo depois de um balanço que 99% dessas raivas eram desnecessárias. Senti, não me exaltei, não fui impulsivo a ponto de reações explosivas, de resultados catastróficos. Então a minha saúde cardíaca e mental acabam agradecendo em forma de depurada calmaria. Sou um obstinado combatente das urgências cujos efeitos colaterais nas minhas ações diante delas me adoecem o corpo e o espírito.
Assim chego a um lugar onde pode ser o topo: um bem elevado estado de auto estima; e assim sendo, eu me amo. É verdade, me amo sabendo que esse é o condicionante inseparável para que eu possa amar o outro. Sem esse composto organo-psíquico tudo o mais é balela se insistir para dentro ou para fora em dizer que amo algo ou alguém. Terá sido uma manifestação de carências sobrepostas tentando encontrar amparo disfarçadamente em quem nada tem a ver com isso.
11 comentários:
Uma beleza de texto amigo.
Controlar a raiva e direcioná-la a nosso favor é uma energia poderosíssima. Não agir por impulso de ira,digerir,entender...Essa paz é tão necessária pra ser feliz!
Viver e amadurecer é um exercício diário e cabe a nós entendermos nossos passos para continuarmos seguindo na busca da paz.
Já estou melhor amigo voltei aos blogs também.
Ontem postei no blodggirls
http://meninasdoblog6.blogspot.com/
Montão de bjs e abraços
Myuito legal e se não nos amarmos, não podemos transferir amos praninguém.abração,tuuuuudo de bom,chica
Cacá bom dia, agradeço a sua visita e e o belo comentário.Cada dia que passa mais admiro a sua personalidade, aquilo que nos não consequimos admiramos nos outros.Eu sou impulsiva, estou sempre passando os pés diante das maõs, que eu ganho com isso uma terrivel sentimento de culpa.principalmente quando magou uma pessõa amada. todos os dias tento melhorar o meu temperamento. de pois que me tornei espirita ja melhorei muito. Na outra encarnação com certeza virei bem melhor é a minha esperança rs rs Mais sou tão amada assim mesmo, sabe que o meu marido dizia que achava lindo me ver braba.Acho porque na mesma hora voltava sorrir. um abração amigo. Celina.????
Adooorei!! Lindo texto!! é preciso mesmo saber viver e viver bem é isso, se amando sempre!!
Abraços
Oi Cacá...
Que delícia de texto meu querido.
Como me encontrei nele, sinto as coisas de uma forma bem parecida com o que vc escreveu!
Também me amo muito...só assim a gente pode amar o outro.
Aliás este é um dos primeiros ensimentos do grande Mestre.
Beijos
Interessante essa diversidade de sentimentos entre as pessoas.Uns são mais cerebrais outros mais coração e todos se amando diferentemente.
Tem momentos que meu estado de ser feliz é estranho aos outros , silencio sempre diante do que nao me agrada.E aí nao me amo o suficiente.
Gosto do seu jeito Cacá, nada como estimular auto estima !
preciso acompanhá-lo.
abraços
Prezado;
Parodiando o final do famoso poema "Se..." de Rudyard Kipling:
"...só posso te dizer que então é um homem, meu filho."
Grande abraço,
Adh
Brilhante! Irretocável! Quase o Santo Graal!
"Sou um obstinado combatente das urgências cujos efeitos colaterais nas minhas ações diante delas me adoecem o corpo e o espírito." é isso que sou mas não tenho tanto sucesso quanto vc, ao que me parece depois de ler seu formidável texto.
Beijos.
Que texto! Parabéns!
Realmente, amar a si mesmo é o condicionante maior, para amar o Outro.
Saudações poéticas!
Então, tudo começa no amor a si mesmo e apartir daí o que nos magoa precisa ser bem ruminado para não se virar contra nós. O auto controle é um exercício diário, mas precisamos cuidar para que o que precisa ser expurgado não nos entoxique e nos adoeça.
Saber administrar a raiva e a impulsividade é uma coisa difícil e requer maturidade, bom senso e muito jogo de cintura. Eu bem que tento aprender e já estou melhorzinha neste quesito. Tomara um dia eu chegue lá. Ler os seus textos, sempre tão ponderados, tem sido de grande ajuda e inspiração. Um beijo carinhoso na testa.
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