terça-feira, 5 de abril de 2011

ANTA CIBERNÉTICA – PARTE II – A IGNORÂNCIA CONTINUA

Um vídeo game tem sempre um joguinho cuja emoção é passar de uma fase para outra. Me lembro do atari, que tinha alex kid e não me esqueço do sonic que eu ficava jogando com a minha filha no super nintendo (que veio antes do pleisteichon). Aquele joguinho do sonic, de pedra, papel, tesoura, era minha perdição em termos de gloria esportiva, já que no dia em que consegui chegar até lá naquela disputa do bonequinho com os porteiros algozes da próxima fase, disputando numa espécie de porrinha eletrônica a passagem para frente, a minha filha já estava quase adquirindo o poder de rainha no castelo encantado. Eu precisava ainda atravessar umas oito fases para alcançá-la. 
 
Tenho esta sensação hoje com o computador. De celular eu nem vou falar. Decidi que o meu vai continuar sendo para sempre apenas um telefone móvel e mais nada. A gente não se dá conta da embromação a que é submetido; se você comprar um carro novo, ele virá com recursos de computador, se você for para qualquer lugar onde tenha luz, provavelmente terá uma lan house que pode ser usada em caso de urgência ou falta de telefone. Na última das hipóteses, um velho orelhão, que ainda é obrigatório por lei. Você terá recursos tecnológicos que lhe acompanharão onde quer que vá. Portanto, o celular pode ser somente um telefone que funcione bem. Ótimo! Mas é para mim, não condeno quem queira ter um de ultima geração. Lembrando sempre que última geração é um negócio que dura umas semanas, no máximo alguns meses. Comprar a vista é sempre recomendável. Pois costuma acontecer de a gente nem ter terminado as prestações de um celular e ele já ser considerado ultrapassado. 
 
Já com o computador eu me sinto mais ou menos como um jogador de atari. Estou familiarizado com downloads, edições, inserção de imagens e links (deve ser a primeira ou segunda fase), há apenas alguns anos luz de distância dos feras das máquinas. E os feras quase todos são para mim como filhos, ou melhor, tem idades para serem meus filhos. Com toda a certeza eu serei sucateado muito antes de aprender tudo o que esta máquina maravilhosa nos disponibiliza.
Resolvi desabafar depois de tentar, tentar, tentar fazer uma capa para um livro em corel, PPS ou word art e diagramar o texto, colocando as páginas na seqüência que o mesmo é impresso. Eu pensando que era a pagina 1 com a 2, a 3 com a 4 e assim por diante. Me rendi à ignorância absoluta.
 
* publiquei há um tempo outra crônica com o título: ANTA CIBERNÉTICA


 

13 comentários:

Beth/Lilás disse...

Caro Cacá!
Sou bem assim também, uma anta cibernética, inclusive já fiz até um post sobre isso no passado.
Veja se consegue ver por aqui:

http://supremamaegaia.blogspot.com/2010_02_21_archive.html#582916833318026667

Por mim, continuava a usar meu tijolão motorolla do início, se bem que os de hoje são mais levinhos, isso é verdade, mas o que vejo mesmo é modismo e uma certa tendência que o povo tem em comprar, comprar e comprar.

um abração carioca

Helena Frenzel disse...

Anta cibernética não diria que sou, se bem que não estou mais tão 'atualizada' quanto se esperaria de uma pessoa que vive uma relação de amor e ódio com a Informática. Bom, você não é o único a pensar assim. E se ainda não está conseguindo usar as ferramentas que necessita, a interface tem que ser mellhorada e muita coisa nova necessita ainda vir por aí - mais trabalho para os informáticos de plantão! Pense no lado positivo: ainda há gente trabalhando com essas ferramentas que fica feliz com a não-extinção das antas cibernéticas nível dois, três, quatro etc... Um abraço fraterno!

chica disse...

Adorei o teu humor e me vi nessa crônica sentadinha, tentando inventar por aqui,srrs Não sai nada.Sou literalmwente uma ANTA!!! abração,tudo de bom,chica

pensandoemfamilia disse...

Só com muuito humor.
Eu sou péssima com cibernética e o pior não tenho paciência de ficar na tentativa de erro/acerto.
Não gosto de ter que ficar lendo manuais e nem instruções, portanto a ignorância só foi cronificando.
Abraços.
Amanhã iniciiarei a Série/Perdas com a participação da Chica, venha somar com seus comentários

Cronicando disse...

rsrsrsrs....Cacá, você é ótimo. Muito bom!
A minha ficha já caiu também, quer dizer, nem é ficha mais, né?
Abraços!
(http://cronicandocomvoce.blogspot.com)

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Adorei!!

Comigo, começa com o controle da TV. Eu uso só os principais botões, e nem dou bola para o resto.

Pode ser ignorância minha, mas acho que nele há muita tecnologia inútil.
O controle poderia ser até menor.

Com o celular, nem se fala... Nem a agenda eu uso. Com muito custo, aprendi a ouvir rádio nele, porque no meu aparelho, esse recurso é fácil de lidar.

Computador!! Ah...
Só sei o básico mesmo. Sou boa digitadora, porque fui datilógrafa durante anos e anos. Teclo sem olhar, e isso me oferece mais conforto.
No word eu me saio mais ou menos, e gosto.

Porém cada vez que trocamos o computador para um mais novo e potente, os ícones que ficam lá em cima, (barra de ferramentas) vem com alterações, dificultando mais.

Ele, jovem que é, sempre tem uma boa justificativa.

Ainda bem que meu blog é para ser simples mesmo, porque caso contrário, eu não saberia enchê-lo de ilustrações.

Querem que o celular seja tudo...
Muitas vezes, a conversação não tem a transmissão nítida que gostaríamos, e que deveria ser prioridade.

Nossa... Falei demais!!

Um grande abraço.
Tenha uma linda semana de paz.

Berzé disse...

Oi Cacá,
já diagramei um pouco, coisa de um passado recente. Hoje em dia tudo já nasce passado, presta aten c ~ a.. o!! Óh!!! passou!!!
Não diagramo mais.Desenhar é muito mais divertido.Escrever também.
Esse seu texto, muito gostoso! Como sempre.
Abração!
Berzé

Néia Lambert disse...

Cacá, não sou lá essas coisas em matéria de cibernética, mas confesso que a minha curiosidade faz milagres! fico fuçando até conseguir aprender o que quero, nem sempre dá tudo certo,de muita coisa ainda preciso de ajuda, o que não dá é para se acomodar.
O seu texto é excelente!

Um abraço

Tatiana disse...

Hahahaha....ai Caca...como eu ri...
Nos nao fomos educado com essa maravilha e as vezes fica um pouco mais difícil a compreensão. Mas alguns programas , vejo que usando diariamente fica mais facil!!
Meu querido, obrigada pela confiança la no blog e te admiro ainda mais por isso!!

Nilce disse...

Oi Cacá

Eu sou anta ao quadrado. Muitas vezes me perco no que faço. Tenho várias anotações do meu filho de caminhos para muitas coisas. kkkk
Acredita?
Mas vou levando, faço o que posso. hehe

Bjs no coração!

Nilce

Toninho disse...

Alguém chamou um dinossauro ai?rsrs.
Belo humor Zé com sua arte.
Somos tantos por ai.
Um abraço de toda paz amigo.

Marcio JR disse...

Pleisteichon? rsrsrs. Adorei isso.

Mas, olha Cacá. Passo pelo mesmo problema, mas no meu caso é um pouquinho pior, pois trabalho diretamente com essa tecnologia.

Celular? O meu nem bate foto. Quero um telefone para fazer e receber chamadas. Alguns aparelhos mais novos, dizem por aí, gelam até cerveja... rsrs.

Mas meu problema maior é com redes sociais. Desenvolvo conteúdo para a web e faço análise profissional de sites, mas não consigo aceitar, entender e compreender redes como Twitter, Orkut e Facebook. E as pessoas não entendem como fico alheio a essas coisas.

Já quanto ao video game, foi assim comigo também, quando jogava Mario com meu filho. Se fosse para fazer uma analogia, compararia a uma corrida, onde ele terminava o jogo, recomeçava e me passava. Ou seja, eu tomava uma volta.

Mas, não se preocupe, pois eles chegarão na nossa idade, e passarão pelo mesmo que nós.

E para a editoração, principalmente montagem de livros, tente o PageMaker. É muito bom e próprio para editoração de jornais e livros. Existem outros programas bons, como o InDesing CS3, Corel draw x4 ou o Scribus, mas esses não costumo usar.

Desabafo com humor. Muito bom.

Abraços, Cacá.

Marcio

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