Há tanta produção literária por esse mundão, tanta coisa que tanta gente tem acesso e muito mais coisa que tanta gente não tem que pelo bem do conhecimento humano e da literatura, acho que toda oportunidade que tivermos para aumentar a visibilidade de textos bons não pode ser perdida. Selecionei alguns que acho que precisam de quando em vez ser divulgados pelas suas qualidades inumeráveis. É só mais uma forma de dar ainda mais vida à sua imortalidade. Só lendo para qualificar. E isso cabe ao leitor.
Como seria?
Um país sem falsos guias, sem a odiosa demagogia, sem dinheiro nas cuecas, desmarginalizando as periferias, como seria?
Um país sem mais bravatas, sem conluios e promessas falsas, sem tantas falácias, sem jogos de cartas marcadas, onde quem ganha é a burguesia, como seria?
Um país sem ideologias vãs, sem conchavos, sem escabros, sem o ganhar do pão roubado, daqueles que acreditaram em vocês um dia, que depositaram em uma urna, toda a fé em um melhor dia, como seria?
Um país com mais decência, sem escândalos que arrepia, sem um juiz que não se contenta e mete a mão onde não devia, sem um governador gaiato, que faz a prece a luz do dia,agradecendo a propina, para bancar a mordomia, tirando de milhões que tem fome, e precisam de moradia, enquanto que quem roubou um pão, foi preso na padaria, foi chamado de ladrão, e no presídio foi passar seus dias,como seria?
Um país com uma justiça realmente cega, como aprendemos nos livros, os defuntos do Vigário Geral com seus prantos mal ouvidos, a dama de vendas absolveu, os bandidos mais temidos, os sob a tutela do Estado, está tudo invertido, como seria?
Um país com mais pão que circo, com apologia aos livros, sem tanta alienação, sem carneirinhos entretidos, se esquecendo que carneiros são o prato preferido, dos locupletadores de sonhos, que em um palanque falam bonito,os que em troca de tostão, sepultam quaisquer princípios, como seria?
Um país sem religião que vende chão no paraíso, se esquecendo que Deus não se vende, para que assim seja sentido,a teoria do se dar bem, virou moda e é um perigo, não nos esqueçamos que quem fere,mais adiante será ferido, como seria?
Um país sem tanta safadeza, sem tanta maledicência, sem tantos filhos da puta no poder, que só se preocupam com seus gananciosos bolsos e definitivamente com os seus, em detrimento do sofrimento de um já tão sofrido povo cujos anseios são apenas viverem uma vida mais digna e serem tratados como cidadãos que são,como seria?
O poeta perde a pose em meio a tanta hipocrisia, esquece o rebuscado das palavras e da fina poesia, chuta o balde das letras e parte pra baixaria, pois, ele em papel esboça o país que tanto queria, sem tanta opressão e tanta dicotomia, sem nepotismos disfarçados, e promessas de apenas um dia, nos unamos em um só brado, e indaguemos com ousadia, uma pergunta tão sensata que há de ser feita um dia: como seria?
AUTOR: Felipe Padilha di Freita (O Poeta do Deserto),grande poeta recifense. Escritor também do site Recanto das Letras, onde pode ser acessado através do link: http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=52265
4 comentários:
Di Freita foi feliz ao escrever esse artigo e tu em compartilhá-lo aqui!abração,linda semana,chica( tua linda interação está lá, brigadão!!!)
seria possível tudo o que o autor do texto descreveu.
somente depende do ser humano, de uma educação, de um povo q tenha respeito com o que é do p´róximo e saiba q o q é público é seu tb.
Nova Zelândia é um país onde "as coisas" funcionam, portanto se é possível lá, pq não aqui...é questão de cultura e respeito.
Tem que c hutar o balde e até porque na alma do poeta não cabe conformismo com o notável e feio mundo capitalista e corruptível onde habitamos.
Eu gostei do " De quando em vês", mas eu já uso: "de vez em sempre" para coisas sábias e precisas por esses dias aqui nesse Brasil que amo e que me contorrço o estômago de "vez" em sempre" querido Cacá.
Gostaria muito de adquirir um livro seu autografado sabia? Deixando-te um beijo poético e mais um texto Social para sua avaliação no Balaio.
Vou dormir que hj trabalhei no plantão da noite... sniffffffffff.
Goretti em uma manhã fria e sonolenta.
Em época de tanto desvario nesse país boas leituras são sempre oportunas Cacá.
Obrigada pela partilha.
Pena que nem sempre chega em quem mais gostaríamos que lessem , que se conscientizassem um pouco mais de como podemos melhorar através da arma poderosa - o voto.
Boa noite, abraços Cacá
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