quarta-feira, 9 de junho de 2010

NEGÓCIO

Sendo negócio na etimologia a “negação do ócio”, o homem negocia é para ganhar dinheiro e ficar à toa. Para que negar então o ócio, se trabalhar não é sinônimo de ganhar dinheiro? Me parece que quanto mais se trabalha nesse mundo, menos dinheiro se ganha. Já tem até quem dissesse que o tempo gasto com trabalho é inversamente proporcional ao tempo para pensar em como ganhar dinheiro sem trabalhar. Isso sim, pode ser um grande lance. Tenho uma implicância não é com a palavra negócio, mas todos os atos de subtração que derivam dele. Inclusive transformar em oportunidade de negócio, uma satisfação que é o trabalho. Vai dizer que quem inventou o negócio é gente que gosta de trabalho construtivo, aquele que erige alguma coisa além de pilhas de barras de ouro ou de dinheiro? Hoje em dia tudo é um negócio. Viver só não é um grande negócio porque não se pode generalizar. Fala para um morador de rua, um faminto, por exemplo, que viver é um grande negócio...



Eu peguei a etimologia para explicar minha necessidade de saber também a origem das coisas que estão por trás das palavras. Lá no início da civilização, quando o homem se fixou em algum lugar da terra plantando, caçando e gerando sua prole alegre e tranqüilo, teve alguém que começou a produzir além daquilo de que necessitava e começou a oferecer em troca com um outro que tinha também produzido algum excedente. Isso foi gerando um acúmulo de bens e despertou a ambição de um terceiro. O terceiro, vivia no ócio mas pensava numa forma de ganhar alguma coisa, portanto tinha tempo de sobra para elaborar táticas e estratégias. O primeiro então precisou de se assegurar que não iria ser pilhado nem morto para ser roubado (foi quando do apareceu o latrocínio?). Aí ofereceu uma parte de seus bens como pagamento a um quarto para lhe fornecer segurança pessoal. Estavam criando os impérios. Esse quarto, que não queria encarar nenhum agressor no braço transformou sua ferramenta de corte de carne em arma branca, a famosa faca. Estavam criadas as armas de defesa pessoal. Daí para o revólver, só faltava o Marco Pólo espalhar pelo mundo a pólvora que os chineses tinham inventado. Nasceu então, o negócio das armas (a princípio clandestino e depois incorporado aos exércitos dos reis) Com a clandestinidade, nasce a fiscalização e com ela, a corrupção. De lá para cá a única coisa que fizeram foi modernizar o sistema e dar monopólio ao estado criado para proteger os que ganham muito. E a gente numa democracia escolhe quem vai ser o gestor de tudo. Negócio é isso?

5 comentários:

chica disse...

Xi...eles sempre acham um jeito de fazer "negócios", claro, favoráveis a uma só parte e, casualmwente, SEMPRE A DELES!!! Obrigado pela linda interação,já está lá!abração,chica

Elaine Barnes disse...

Uau! É isso mesmo. Hiper inteligente!Acho mesmo que as coisas foram assim para chegar a té aqui. Quem tem, quer ter mais e quem não tem também quer.Um come o outro, todos absolutamente aprisionados nos "bens".Os valores estão no dinheiro quando ele é consequencia natural,resultado de um bom trabalho feito com amor e disposição. Quando não estou ganhando sei que o problema está na minha atitude.Montão de bjs e abraços

Mulher na Polícia disse...

Não, Cacá...

Negócio é aquilo que te dá quando você tem vontade de entrar na suíte e matar o dignitário...

Te dá um "negócio" assim, entendeu?

Aonde será que vc foi buscar inspiração pra esse texto às 4horas da manhã??? Uahahahahahaha

Aposto que foi na sua última declaração de imposto de renda... que paga tudo o que o gestor devia fazer e não faz.

Acertei???

rs rs rs rs rs (Butley, faça alguma coisa...)

; )

gorettiguerreira disse...

Amigo isso de se criar ter grandes idéias meio ao Ócio é bem real para pensadores de peito e mente aberta para o aprender.
Cacá meu Cronista preferido; amo seus comentários e citações pois com eles aprendo e confirmo o que penso lá mais além. Lendo o Ócio produtivo do escritor italiano como você bem o conhece, confirmo e fico feliz que não apenas se ganha quando trabalhamos e trabalhamos. E que tudo nasceu de uma grande idéia de um pensador de boa em uma rede ou em seu cantinho uai...rs
Bjs querido, tenha um dia de luz.
Goretti

Anônimo disse...

Nossa! Que viagem pelos caminhos do ócio, ops, do negócio, afinal, quer a sociedade que neguemos o ócio, não é mesmo? Porque será? É que o ócio dá dinheiro meu caro. E como somos em maior número, se ficarmos no ócio, poderemos até ter umas ideiazinhas e, shazan! Tem que dividir o bolo em partes menores. O quê, você acha que o ócio não é produtivo? Tá bom, então pergunta como é que os grandes pensadores tem as grandes idéias que vendem caro para os fazedores de negócios feito nós?? No ócio, no santo ócio, sombra e água fresca. Resultado: nós negamos o ócio fazendo negócios e cadê o dinheiro? Eles abraçam o ócio e embolsam o nosso dinheiro!!! huahuahuahua! C'est la vie. Santo Cristo, será que tbm to virando viajante? hehe bjsss

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