CACHAÇA, PINGA, AGUARDENTE
São muitas as histórias das origens da cachaça. A mais verossímil (pelo menos para os brasileiros) é a que segue:
Os escravos colocavam o caldo de cana de açúcar em um tacho e o levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que surgisse o melado (uma calda bem espessa). Isso era a produção do açúcar.
Um dia, cansados de tanto mexer, pararam e o melado “desandou”. A solução foi manter longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado fermentado. Na tentativa de se livrar daquele líquido azedo, misturavam-no a um outro novo, levando os dois ao fogo. O azedo do antigo melado era álcool que, aos poucos ia evaporando e formando goteiras no teto do engenho, que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Vem daí o nome “pinga”. As gotas que batiam nas costas dos escravos, marcados com as chibatadas dos feitores ardiam muito. Por isso, deram-lhe o nome de “água ardente”. Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que com a tal goteira ficavam alegres e com vontade de dançar. Então sempre que queriam ficar alegres, repetiam o delito (estava criado o porre - grifos meus).
Minas Gerais se orgulha de ser o maior produtor das melhores cachaças do Brasil, sendo a cidade de Salinas, a Capital Mundial da Cachaça, onde são produzidas as mais famosas.
__________________________________________________________________
Fonte: Culturas e Sabores. Patrícia S. M. Assumpção e Clésio Barbosa. Pág.37 – Ed. Prax, 2005.
0 comentários:
Postar um comentário