segunda-feira, 28 de março de 2011

CONVERSAS COM QUEM GOSTA DE ESCREVER - Eduardo Galeano

imagem google
“A gente escreve a partir de uma necessidade de comunicação e de comunhão com os demais, para denunciar o que dói e compartilhar o que dá alegria. A gente escreve contra a própria solidão e a dos outros. A gente supõe que a literatura transmite conhecimento e atua sobre a linguagem e a conduta de quem a recebe; que ajuda a nos conhecermos para nos salvarmos juntos... A gente escreve, em realidade, para a pessoa com cuja sorte ou má sorte nós nos sentimos identificados, os mal dormidos, os rebeldes e os humilhados dessa terra, e a maioria deles não sabe ler.”

(Eduardo Galeano, escritor uruguaio).
Galeano nasceu em 3 de setembro de 1940 em Montevidéu em uma família católica de classe média de ascendência europeia. Iniciou sua carreira jornalística no início da década de 1960 como editor do Marcha, influente jornal semanal que tinha como contribuidores Mario Vargas Llosa e Mario Benedetti. Foi também editor do diário Época e editor-chefe do jornal universitário por dois anos. Em 1971 escreveu sua obra-prima As Veias Abertas da América Latina. Em 1973, com o golpe militar do Uruguai, Galeano é preso e mais tarde forçado a se exilar na Argentina, onde lançou Crisis, uma revista sobre cultura. Em 1976, com o sangrento golpe militar liderado pelo general Jorge Videla, tem seu nome colocado na lista dos esquadrões de morte e, temendo por sua vida, exila-se na Espanha, onde deu início à trilogia Memória do Fogo. Em 1985, com a redemocratização de seu país, Galeano retornou a Montevidéu, onde vive ate hoje. A obra mais conhecida de Galeano é, sem dúvida, As Veias Abertas da América Latina. Nela, analisa a História da América Latina como um todo desde o período colonial até a contemporaneidade, argumentando contra o que considera como exploração econômica e política do povo latino-americano primeiro pela Europa e depois pelos Estados Unidos da América. O livro tornou-se um clássico entre os membros da esquerda latino-americana.
Fonte: wikipedia

In: Escrever Sem Doer -  Ronald Claver, ed. UFMG, 2006.

PS: ESTA SEMANA VOU PUBLICAR TEXTOS E MÚSICAS DE MEMÓRIA HISTÓRICA





15 comentários:

lis disse...

Eduardo Galeano, um grande nome Cacá apesar de só ler pequenos textos dele, nunca um livro completo.
E voce meu amado obrigada pela atenção de sempre, pelas cuidadas escolhas ,pelo prazer que nos dá vindo aqui .
deixo o abraço amigo
que a semana seja de paz

Toninho disse...

Bela apresentação Zé,conviver com Llosa e Benedetti é mesmo inspirador,naquela fase dura da AL,podemos imaginar a angustia e dificuldades destes mestres.Muito bom na seleção para esta série.Abração.

Marcio JR disse...

Bom dia, Cacá.

Pode até parecer estranho o que irei escrever, mas penso que as ditaduras na AL contribuíram de uma forma consistente para a formação de um estilo todo próprio nas letras e artes. Não que eu apoie os regimes ditatoriais, pelo contrário, mas penso que a forma de escrever dessa época, em virtude disso, era muito mais consistente do que é hoje.

Não conheço muito do Galeano, mas vendo outros que viveram nessa época, nota-se uma diferença enorme para os dias de hoje.

Abraços, Cacá, e boa semana.

Marcio

chica disse...

Concordo com a Lis...Tens um "faro" maravilhoso pra trazer em teus posts...Adoro! abração,linda semana!chica

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Bom dia, querido amigo Cacá.

Adorei a definição dele, sobre o ato de escrever.
Ele foi fundo, ao concluir:
A gente escreve... Mas a maioria deles não sabe ler.
É emocionante!!

Um grande abraço.
Tenha um lindo fim de semana, cheio de paz e alegrias.

Misturação - Ana Karla disse...

Escrever para sair da solidão, para comunicação.
Pouco conheço de Galeano, mas aos poucos vou me atualizando com pessoas como você, que traz o conhecimento.
Boa semana Cacá
Xeros

Celina disse...

OI CACÁ PAZ PARA TODOS, TODAS ASVEZES QUE AQUI VENHO PROCURO SEMPRE ME ATUALIZAR NAS TUAS INFORMAÇÕES MARAVILHOSAS,BASTA FALTAR UM DIA SEI QUE VOU ENCONTRAR SEMPRE NOVIDADES, INFELIZMENTE EU NÃO CONHECIA ESTE ESCRITOR EDUARDO GALEANO, GRAÇAS A TI ESTOU CONHECENDO ALGO SOBRE ELE.AGRADEÇO O COMENTÁRIO, SOIS SEMPRE BEM-VINDO.ABRAÇÃO AMIGO CELINA

Mariana disse...

Realmente a gente escreve para nos comunicarmos com os outros, mas no fundo é para nós nos conhecermos melhor, e assim nos tornamos melhor.
bem, é o que eu acho.
Muita saúde para tua família e uma grande e rápida recuperação ao mano.
Beijo e um abraço com o desejo q tua semana seja iluminada.

Celêdian Assis disse...

Boa tarde, meu amigo!

Interessante a visão de Galeano "a gente escreve contra a própria solidão e a dos outros". Concordo com esta perspectiva, de que é relatando algo acerca de minhas próprias tentativas nesse sentido, que encontro respaldo quando escrevo.
Muito proveitosa esta série que você vem nos apresentando. Sempre é possível acrescentar-se ao nosso aprendizado, as experiências de outros.
Um grande abraço, meu querido Zé.
Celêdian

pensandoemfamilia disse...

Boa a sua seleção, pois vou entrando em contato com pessoas com quem não tive oportunidade de conhecer melhor.
GOSTEI MUITO DESTE OLHAR SOBRE A SOLIDÃO E DA COMUNICAÇÃO.
bjs

Berzé disse...

Oi Cacá.
Li ha muito tempo o "veias abertas"e testemunho o quanto um cara honesto como o Galeano ajuda o mundo a se enxergar melhor(pelo menos de angulos diferentes).
Abração!
Berzé

Jaime Guimarães disse...

Galeano é fantástico, um dos meus preferidos e tem lugar de honra na minha pobre e humilde bibliotecazinha!

Abs!

Unknown disse...

Cacá....
que lindo!
identifiquei com o Eduardo Galeano na hora.

Eu pelo menos tenho uma necessidade espantosa de me comunicar com as pessoas.
rsrs
abração querido.
bom dia pra você.

Diogo Didier disse...

Esse seu quadro "Conversas com quem gosta de escrever" é PERFEITO! É um veiculo rico de conhecimento do qual o leitor aprende a importância de se compartilhar a escrita com o outro. Ninguém escreve atoa, mas sim com o propósito maior de criar e transferir conhecimento.

bjoxxxxxxxxxxxxxxxxxxx no coração amigo!

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