segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CONVERSAS COM QUEM GOSTA DE ESCREVER - Clarice Lispector

imagem google

“Quando eu era criança, durante muito tempo pensei que os livros nascessem como as arvores, como os pássaros. Quando descobri que existiam autores, pensei: também quero fazer um livro.”
(Clarice Lispector, escritora brasileira/ucraniana)
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“Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu. Uma vez que se pescou a entrelinha, podia-se com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a analogia: a não-palavra, ao morder a isca, incorporou-a. O que salva então é ler “distraidamente.”
(Clarice Lispector, Para Gostar de Ler)
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In: Escrever Sem Doer -  Ronald Claver, ed. UFMG, 2006.

24 comentários:

chica disse...

Ela levou a sério o desejo de escrever quando viu que livros não caiam das árvores! Legal! Lindo dia,abração,chica

Adh2BS disse...

Prezado amigo!
É por aí mesmo, não me dou conta de quando essa paixão pelos livros se iniciou... Só sei que, quando dei por mim já estava com essa inescapável vontade de escrever!
Abçs, ótima semana!
Adh

Toninho disse...

Belo retorno com paz com esta beleza de Clarice sobre a arte e esta paixão que nos toma e nao tem como parar,pois há um crescente desejo de ler e ler sempre sem limite.Meu abraço amigo e que a paz seja uma constante nos dias vindouros.

Jaime Guimarães disse...

"Uma coisa eu já adivinhava: era preciso tentar escrever sempre, não esperar por um momento melhor porque este simplesmente não vinha. Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação. Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir".

Clarice Lispector, "Aprendendo a Viver", ed.Rocco.

Clarice comentando Clarice. Sem dúvida melhor do que minhas pobres e tolas palavras!

Abs, Cacá!

Anônimo disse...

Cacá
sou apaixonada por Clarice Lispector.
um grande exemplo de escritora.
bom dia. abração. Liliane

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa tarde, querido amigo Cacá.

A minha paixão pela leitura começou aos dez anos. Meus irmãos tinham coleção de tudo, que ia de Machado de Assis e José de Alencar às revistinhas infantis.

Eu lia até o CGC e Inscrição Estadual das revista.

Acho que ler muito cria a vontade de escrever.

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Corrigindo: das revistas.

Ah... começou antes de eu saber ler. Ficava folheando as revistas "O CRUZEIRO E "MANCHETE", além de outras.

Um grande abraço.

pensandoemfamilia disse...

Bom tê-lo de volta e nos trazendo esta bela conversa. Gosto muito da Clarice e a forma como plantou sua árvore na literatura.
Abços.

Tais Luso de Carvalho disse...

Oi, Cacá, lendo o blog da Amapola fiquei sabendo que seu irmão está bem e vim lhe dizer do meu contentamento. Que bom, amigo, parece que as coisas estão se encaminhando para o bem.

Acho que para se pegar o hábito da leitura, ainda quando criança, tudo é válido, e deixar a criança livre. Nossa geração começou com os criativos gibis, logo saltei para a coleção de 6 volumes do Reino Infantil e por aí fui... Tinha 8 anos! E hoje escrevo com muita paixão.

Beijos, amigo
Tais Luso

Anônimo disse...

Oiiiii Cacá,
Livros crescendo como árvores! É, my friend, criança tem cada uma. E essa ideia não deixa de ter lógica, um pouco às avessas, porém lógica, rsrs. Mas que os livros, como as árvores, têm vida própria, ah, eles têm sim senhor!!!
Bjssssssss

Celina disse...

Oi Cacá , ja respondí a vc no outro post, o seu comentário, torno a repetir estou bastante feliz com resultado da cirurgia do seu irmão, da forma que ele está reagindo, e feliz com a sua volta , seja bem-vindo amigo, um abraço caloroso. Celina.

Sueli Gallacci disse...

Cacá, obrigada amigo!

Fiquei feliz em saber que tudo correu bem com cirurgia do seu irmão. O resto, ele tira de letra!

Nós, aqui tentamos voltar à vida normal como quem olha para o horizonte azul depois de uma tempestade. O carinho dos amigos é um baluarte, uma esperança de que nem tudo está perdido nesse mundo.

O acontecido com seu irmão me fez refletir mais uma vez na situação psicológica de um doador de rim vivo.

Já imaginou se seu irmão tivesse doado um dos seus rins? É por isso que entendo certas recusas por parte de alguns e não os julgo.

Torço para que nesse país de incompetências não se desperdicem tantos órgãos como tem acontecido.

Belos textos de Clarice!

Um beijo enorme, paciência, perseverança e paz para seu irmão!

Anônimo disse...

Contente! Pela notícia sobre a recuperação de seu irmão e pela sua volta, em grande estilo, ao blog. Escrever é como uma janela que não pode mais ser cerrada, é emoção, sentimento, saber e pensamento. Abraços!

Yasmine Lemos disse...

Bom dia Cacá ,
Clarice é perfeita.
fonte inesgotável de sensibilidade
adorei
um abraço
e um ótimo dia

Zélia Guardiano disse...

Clarice Lispector!
Clarice Lispector...
Clarice Lispector?
Para mim, é a Maga-mor da escrita!
Grand post, meu querido Cacá!
Uma lição...
Abraço apertado da
Zélia

Norma de Souza Lopes disse...

Apesar de minhas angústias da alma se assemelharem à dessa contista,invejo sua capacidade de colocar em palavras cadeias insensantes de pensamentos.
Simplesmente maravilhosa.
abraços

Fatinha disse...

Querido Cacá,
Vc juntou duas das minhas preferências: Clarice e escrever...
Bacana!
Bjs
Paz

Casal 20 disse...

Olá, Cacá.

Estamos chegando aqui pelo link da mulher na polícia. Sempre temos lido os textos dela e gostamos muito. Vamos começar a passear por aqui também.

Abraços sempre afetuosos.

Elayne Aguiar disse...

Ela é a minha musa! Bjos! Adorei! E aquela frase: "Eu sempre gostei de escrever, desde sempre..." que a maioria das pessoas que escrevem diz, é o meu "clichê" preferido! rsrs

Mari disse...

Caca querido, bom dia!

Ai ai post com a minha ídala! rs
Ela sabia de tudo um tiquinho...imaginar que livros crescessem em árvores!

Beijo Cacá!

JoeFather disse...

Essas máximas do amigo são no mínimo fora-de-série!

Clarice brincava com as palavras, nasceu nelas e as levou consigo, para onde quer que tenha partido...

Abraços renovados!

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