Seus versos eram medidos. Sem métrica, medidos com trena e lupa. Tinha uma prosa calculada, mas queria ser poeta. Mais: já nos primeiros acertos com as linhas, se intitulava bardo. Não, bardo não, que é muito “sensivel”. A verdade vinha estampada nas junções das sílabas quadradas. Não era o dono da verdade, mas se considerava filho dos donos. Tudo podia ser comprovado em sua poesia. A dos outros, analisava com método de investigador. Tinha que ter segundas, terceiras e tantas intenções. Cada poema(?) seu parecia ajustado no exato espaço avaliado. Pareciam versos aquartelados.
Toda estrofe era um modo imperativo. Tocava a corneta e despertava a todos.
- Poetas, hora de levantar e fazer poesia, senão vai ter ostracismo! Os versos machucados iam andando na folha, em fila, em ordem, até onde tinha estabelecido pela régua. Dali desciam para a linha seguinte, numa seqüência lógica. Se desse para rimar, lindo! Se não, uma imposição: - creiam todos quantos lerem que esses toscos ensinamentos são um poema do fundo de minha alma cartesiana.
6 comentários:
Muito legal,Cacá! Que teu dia sejalindo e a poesianasca sem imposições e regras...apenas nasça!srrs E tu a tens sempre!abração,chica
oi cacá o tico deve mesmo ter usado como piscina . adorei a visita bjs
Assim,deixar que os versos fluam como borboletar,que só querem a felicidade de voar livres.Bela tacada mue amigo.Bem oportuna para quem fica com medo de expor o que lhe vai na alma.Meu abraço de paz.
Oi Cacá tudo de bom paravc ,agradeço a visita e o comentário, assim que o meu neto melhorar eu voltarei. abraços Celina.
Adorei Cacá
do fundo da minha alma poética, tanto faz se cartesiana ou não rsrs
abraços poeta
Pobre daquele que abraçado à forma, acaba engessando a alma.
Como sempre, Cacá, você tendo os melhores e mais espirituosos 'insights'. Amei!
Beijos e um findi tudo de bom p/ ti.
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