NOTA PRELIMINAR: Eu havia escrito esta crônica no início desse ano, no entanto havia desistido de publicá-la por achar que estava me tornando impertinente, irritante e implicante com o tratamento demasiado humano aos animais em detrimento das relações humanas propriamente. Costumo acompanhar a Rosely Sayão, uma psicóloga especializada em relações familiares e educacionais, tanto através de seu blog como no programa SEUS FILHOS, junto com a jornalista Inês de Castro, apresentado pela rádio Band News. Para minha surpresa, ontem o tema foi sobre pais que estão negligenciando carinho e atenção aos filhos em troca do amor aos cachorros e gatos. Isso, pelo menos para mim seria sim, o famoso e indesejável “fim do mundo”. Para quem se interessar, leia, para quem acha que é exagero, o programa vai ser narrado neste sábado próximo. E, copiando o Raul Seixas, “para aqueles que acharem que eu tô mentindo, eu tiro o meu chapéu.”
A NOTÍCIA
Animais de estimação têm luxo e mordomia ao alcance das patas.
Os animais de estimação não têm do que reclamar. Em julho/09 começou a operar a companhia aérea americana Pet Airways, a primeira destinada a bichinhos de estimação. O avião leva 19 humanos e até 50 animaizinhos, porque as fileiras de bancos foram substituídas por gaiolinhas próprias para cães e gatos. Essa, porém, não é a única mordomia do reino animal. Roupinhas, acessórios de beleza, camas confortáveis, perfumes, alimentação balanceada, festas de aniversário, ofurô, personal dog, docinhos e até produtos inspirados em artigos de grife de moda fazem parte da extensa lista.
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Fonte: http://mulher.terra.com.br/interna/ 6/08/09.
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A CRÔNICA
Estou pensando seriamente em fazer uma série de crônicas apenas falando de cães e gatos. Acho que meu assunto já está ficando cansativo. Daqui a pouco não sei se vão ter assuntos fora de eventos oficiais onde os homens vão falar alguma coisa com os outros homens. No mais é com os bichinhos. Daqui a pouco também vou começar a sofrer ataques me insinuando como insensível, desumano (?). Tenho um álibi: possuo cachorro. Só que ele, apesar de bem cuidado, é tratado como cachorro.
Qual a diferença ente crônica, grave e aguda? Sei não, mas eu queria que este texto pudesse se chamar grave. Gravíssimo para ser mais contundente.
Como é bom acompanhar a evolução da humanidade! Eu agora quero propor eliminarmos de circulação popular alguns ditados ofensivos dos humanos relacionados aos animais. Alguns substituir. Coisas do tipo:
“Quem não tem cão caça como gato”. Ora quem não tem cão que arranje um imediatamente e cace logo algo para que se conforte. E gatos são para leite como ratos para queijos.
“Mais perdido que cachorro caído de caminhão de mudança.” Qual caminhão, o que vai levar os móveis? Onde já se viu misturar móveis com cachorro? Ele vai no carro da família. Só não é no banco da frente por causa da incompreensão das autoridades de trânsito. Os guardas ainda não evoluíram o bastante. Vão entender que, com cinto de segurança os bichinhos ficam comportadinhos na frente.
“Gato escaldado em água quente...” O que? Isso passa a ser crime inafiançável!
“Cão que ladra não morde.” Substituir para cão que ladra está carente de afeto. Já temos cirurgias de extirpação de suas cordas vocais. Latir é com cães sem teto, famélicos moradores de rua, que não despertaram ainda a sensibilidade das autoridades para lhes dar abrigo.
“Nós gatos já nascemos pobres, porém já nascemos livres.” Bom, nascer pobre é destino, viver como pobre é com os burros. Vai ter vida boa, porem dentro do conforto de um lar. A liberdade? Ora, tudo tem um preço também, não é gatinhos?
“Sofrer mais que cachorro zangado” será substituído por sofrer mais que menor abandonado. Meu único medo é se começarem a querer dar o tiro de misericórdia nas crianças de rua também.
* O título é parte de um trecho da música Rock da Cachorra , de Eduardo Dusek.
* O título é parte de um trecho da música Rock da Cachorra , de Eduardo Dusek.
4 comentários:
Tua crônica é pertinwente. Há quem dê muito mais carinho e amor aos bichinhos(que merecem, obviamente),porem, eswquecendo os filhos,netos e dem,ais crianças.Isso é o fim da picada! abração,chica
Ó sôr Cacá
Então não vais até lá? Ou esqueceste-te do caminho até à Travessa? hahahaha...
Boa crónica. A vida, a madrasta, tem destas coisas
Sabe Cacá fico mesmo surpresa como os humanos estao se identificando tanto com os animais, seria carência ? rsr
nunca fui de ter animal doméstico porque sempre morando em aptos , achava super complicado. Mas sempre achava lindos e apreciava quem os possuia.
Agora há 1 mes atras ganhei. assim trouxeram e me disseram- fique é sua ! rs uma gata dessas comuns tipo "pe no chao" e não é qua estou gamadinha nela?
chego a algumas séris conclusoes que as pessoas podem sim ficar influenciadas demais com os bichos a ponto desas coisas que menciona.
Há de ter equilíbrio peloamordedeus ! rsrs
Vou ver post seguinte que parece ser continuação do assunto.
abraços
Não costumo vagar pela internet todos os dias, hoje me lembrei de abrir o blog do Cacá. E assim, vou lendo as crônicas até a lida na visita anterior. Estranhei esta sobre os animais: já li isto, não é novidade prá mim. Como não quis duvidar de sua autenticidade, pensei que talvez o autor, assim como eu, já esteja esquecendo alguns fatos... Também já passei dos quarenta, mas ainda não cheguei aos cinquenta, e isto tem acontecido comigo. Realmente, está publicada neste blog, na data de 24 de janeiro de 2010. Ufa!!! Respirei aliviada: não andei perdendo meu tempo com um charlatão!
Edna Oliveira. ednasilvana@gmail.com
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