A fita K7 foi uma injustiçada em relação ao LP.. Este, do vinil virou CD. Trocaram música por música. Já a fita, agregou música à imagem, na figura do DVD. Quem imaginaria um grampo sem um gravadorzinho portátil no bolso ou escondido no sutiã de uma despretensiosa repórter? Era no Cassete (K7). Ainda inventaram uma novidade “da hora” (uma mini fita do tamanho daquelas do tempo em que a secretária eletrônica do telefone gravava em fita as ligações recebidas).
Certa vez, a Andréa, uma jornalista amiga, recém formada fora assessorar uma negociação sindical com uma grande empresa. Na reunião em um grande hotel, abriu sua bolsa e retirou um tijolaço de gravar k7 e o colocou em cima da mesa para dar “transparência e publicar o que ali era negociado. Conseguiu acabar com a reunião. A empresa negou-se terminantemente a aceitar tal expediente. Apesar de (a empresa) já fazê-lo com os modernos gravadores pequenos, com microfone embutido pregados sob as mesas cuidadosamente forradas e enfeitadas com flores. Ela deve ter inspirado as atuais micro-câmeras . Onde já se viu fazer grampo com transparência?
A gente às vezes guarda umas relíquias mais por resistência ao novo do que para preservar um pedacinho da história. No fim acaba servindo para a memória ou para o riso, se alguém se interessar. Pois eu tenho ainda um aparelho de som daqueles 3 em 1 Adaptado com CD e DVD, claro. Mas ainda consegue tocar LP e cassete. Este último, se ainda achar em algum lugar. Tenho certeza que consigo, pois há outros nostálgicos revisionistas assim como eu por ai. Mas como ia dizendo, minha filha foi colocar seu DVD do Black eyed peas e esbarrou no botão de ejetar a fita cassete. Tomou um susto danado com aquela portinhola se abrindo e disparou:
Pai, abriu uma porta aqui, quê isso?
- Minha filha, isso é para tocar ou gravar cassete.
- O quê?
- É a fita que a gente usava para tocar músicas que comprávamos ou que gravávamos do LP ou da programação das rádios. (Ih! Mas foi uma dificuldade para ela entender o processo). Com os gravadores eram daqueles que funcionavam à pilha também, a gente podia levá-los pra qualquer lugar. Acampar, ir para a roça, no clube, à beira da piscina, ou mesmo na rua, levando aquele enorme som no ombro ouvindo as músicas preferidas.
- Por que não usava o MP3?
- Ah, deixa pra lá!
O CD teve vida curta como o compacto (uma espécie de miniatura do LP). Alguém aí já ouviu ou se lembra do compacto com uma ou duas músicas de cada lado?
1 comentários:
Cacá:
Hoje foi postado seu MAGNÍFICO texto Abandono no Duelos, no Tema do Mês. Ótimo! Muito bom mesmo!
Valeu demais a sua participação!
Abraçãozão e continue com a gente!
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