Meu regime de trabalho era de revezamento em turnos noturnos, diurnos e vespertinos. Enfim, quando nasceu a Maíra, eu tinha dentro das 24 horas do dia, horário para trabalhar à vontade. Costumava chegar de manhã para dormir, e ela, lépida, fagueira e ligeira, chegava ao meu quarto para brincar. Aí, tinha que fazê-la dormir comigo, caso quisesse descansar para uma nova jornada mais tarde ou no outro dia. Fui descobrindo umas musiquinhas que lhe acalmavam momentaneamente o fogo. Meu relativo sucesso era com ACALANTO. Nos primeiros minutos, ficava como uma tocha, os olhinhos acesos prestando uma atenção danada, feito coruja. Depois ia se acalmando até adormecer em meus braços, ou a gente junto deitados no meio das almofadas no chão da sala, cada um dormindo um soninho bom.
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PARA MAÍRA, COM AMOR,
DESDE CRIANCINHA.
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* Na antiguidade, como a escrita era pouco desenvolvida, o AEDO cantava as histórias que iam passando de geração para geração, através da música. Depois, veio o seu assemelhado na idade média que era o trovador. Hoje, juntado tudo isso com a tecnologia, criei o AEDO CIBERNÉTICO.
1 comentários:
Nossa que lindo!
Me fez lembrar as canções de niná cantadas por minha mãe. Com suas diferenças regionais é claro, mas que me encantavam e me faziam dormir.
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