domingo, 29 de março de 2009

ESCOLA - UM GRITO DE PAVOR

Entre tantas ocorrências, há umas que incomodam mais que outras. Ultimamente estão frequentando as escolas. Sim, a polícia está sendo chamada repetidas vezes. Os motivos? Agressão a professores por alunos, a alunos por professores, brigas entre alunos, assassinatos de alunos. Friamente, poderíamos fazer uma análise sociológica da seguinte forma: a escola reproduz a sociedade, portanto, é natural que suas mazelas caminhem em sua direção (da escola). Com tão baixos salários e precárias condições de trabalho, os professores são mais vítimas do que algozes. Se a escola virou um negócio como qualquer outro, faz-se de tudo para obter resultados publicáveis ou atingir determinadas metas (mesmo que não seja louvável eticamente).

Tem como não ser dramáticos se olharmos a escola como segundo santuário depois do lar? E, em alguns casos, até mesmo o primeiro? A formação não está circunscrita às letras, ao aprendizado lógico-matemático ou à iniciação científica. Diz respeito, sobretudo à formação do caráter, da sociabilidade, do respeito às regras coletivas, de valores que vão se entrelaçando com os da casa e vão se manifestar na rua, no trabalho, enfim na vida futura. A casa e a escola historicamente cumpriram uma cumplicidade na educação dos homens de maneira que uma corrigia, dava rumos a desvios ou escorregões da outra. Nos exemplares casos, reforçavam uma o que a outra produzia de bom para educar a nós todos. Agora, a responsabilidade está sendo jogada de uma para outra como “batata quente”.

Nem sei como concluir. Também não acho que haja conclusão. Como é mesmo a educação humana. Não se conclui. Já temos problemas morais, imorais e amorais demais com toda essa gente que se diz formada e está ai corrompendo, violentando, violando, matando, deseducando pelo exemplo. Na época deles, a escola não era assim. A sociedade era menos assim. Imagine daqui para frente!

2 comentários:

BLOG DO CARIOCA disse...

Obrigado pela visita, o seu blog já estã na minha lista de recomendados.

Cacá, ainda bem que eu tive uma escola chamada "família". Não nasci em berço de ouro, mas tive uma educação moral e civica extraordinária e capaz de me livrar dessas mazelas sociais encontradas nos colégios onde imperam o modismo. Um grande abraço e parabéns pelo artigo.

Com relação ao boteco, desculpe, falta tempo mesmo. Estou concluindo um livro que será editado em julho. Imagina, viajo essa semana para São Paulo onde acerto os últimos detalhes.

Abraços.

Lú Garcia disse...

Nossas escolas hoje não são mais lugar de segurança. Lembro-me quando estudava, acreditávamos na escola e nossos professores eram nossos maiores exemplos, tínhamos tanto respeito quanto aos nossos pais e isto foi na época da ditadura, um período extremamente criticado no meio educacional. Será que hoje os métodos realmente são os mais eficientes? Será que a escola não está "aberta" demais, moderna demais e insegura demais? Como estudante de pedagogia fico a cada dia com um desejo mais ardente de ver a escola respeitada como respeitamos nosso lar, um lugar onde temos alegria e vontade de estar! Grande abraço e obrigada pelo incentivo.

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