terça-feira, 10 de julho de 2012

TERAPIA III


“No meio do caminho tinha uma pedra.”*  o poeta repete isso à exaustão. Para mim essa insistência era com a existência e não com um simples caminhar. Diferença entre existir e viver. A aparência de ingenuidade do poema revela profundezas do sentimento de mundo num outro verso sintomático: “nunca esquecerei desse acontecimento no meio de minhas retinas tão fatigadas.”

Tinha uma pedra no meio do caminho da civilização. Um rompimento com o que poderia ter dado certo. Eu acho que foi esta pedra o que em muita gente matou ou feriu a afetividade para com o outro. Alguns até consigo mesmos. Em algum momento ou ao longo da história a afetividade foi se distanciando ou reduzindo-se a pequenos grupos e deixando de ser universal. Ou esta interrupção afetiva foi fruto amargoso do próprio processo civilizatório? “Não sei, só sei que foi assim”, como diria um personagem do Suassuna**.

Lembro-me do tempo em que eu bebia. Bebia compulsivamente. Fazia tudo o que era obrigação mas para agüentar o peso da vida e a inquietação fervilhante eu tinha que aplacar a minha loucura. Minha bengala para prosseguir leve era a bebida. Chutando umas pedras com um pé e dando um teco em outras com a ponta da bengala. Onde começou a compulsão? Também não sei, só sei que nisso perdi muita oportunidade de exercer minha a afetividade. Já não bastava a vida de competição para tomá-la de mim? Já não bastava a correria para uma sobrevivência digna, para uma carreira de sucesso, para a construção de um lar? A gente tem que sair tirando muito obstáculo do caminho. Comigo foi assim durante muitos anos. Em estado alterado eu achava que me soltava mais, sentia-me mais sensível. Tanto para o afeto como para criar desafetos, eis um problema. O tal obstáculo muitas vezes eram pessoas.

E com os outros? Cada um não tem sua forma de buscar a justificativa de sua existência através do slogan universal que atende pelo substantivo imponente “felicidade”? E cada um não trava uma luta interior de alguma forma? Droga! Drogar-se é o mais comum. Eu vou generalizar o que considero uma droga: enfurnar-se no trabalho, fugir dele, tomar medicamentos, beber, fumar, dopar-se de cosméticos, roupas e acessórios em demasia, comprar coisas compulsivamente, usar drogas consideradas ilícitas, comer demasiadamente para aplacar uma ansiedade que não se explica. Poucas, pouquíssimas pessoas conseguem levar uma vida de cabo a rabo isentas de uma drogada. Há espíritos mais e espíritos menos inquietos com  o peso de sua existência. O que cada um faz para carregar a sua mala é que nos torna mais ou menos complexos, tanto para dentro de nós mesmos ou para as pessoas em nossa volta ou para o mundo. E essa droga para mim é a substituta da afetividade coletiva que se perdeu no meio do processo civilizatório, no meio da ilha que se formou em torno de cada um ou de cada grupinho. A droga como camuflagem, a droga como alteridade, a droga como fuga.

A indústria de medicamentos negará minha afirmação. A de bebidas negará, a indústria de tabaco negará. A indústria da beleza negará. A indústria da dieta negará. O traficante me condenará à execução, mas a afetividade coletiva é o anti drogas mais eficaz que pode existir. A vida quando partilhada é mais fácil ser suportada, menos provocadora de doenças inexplicáveis mesmo que tratáveis a custo alto e sucesso incerto. Estar de bem consigo mesmo requer que tudo a sua volta esteja bem, ou pelo menos não haja muito obstáculo. E os obstáculos ao bem estar são oriundos de pouco afeto humano. Não é preciso sair por ai como aquele antigo beijoqueiro, abraçando e beijando todos que cruzarem o nosso caminho (se bem que ele tinha alvos específicos a quem dedicar seu afeto, estava mais para caçador de fama do que disseminador de afeto. Porém seu gesto era uma bandeira levantada em favor de aproximação humana carinhosa). A tolerância, a generosidade, a educação nos modos, o respeito ao diferente, a aceitação, a tolerância, a não indiferença, a não discriminação, a diminuição do egoísmo, já são atos de afeto universal. Em qualquer lugar do planeta que se for esses gestos são edificantes. Um edifício humano onde a taxa condominial para a conservação seja a distribuição eqüitativa de afeto. Estamos infestados de amor. Ligue e tv, novela, filme, programa de auditório, vá ao cinema, leia poesia, romance, assista a uma peça teatral, ouça uma música e preste atenção na letra. Vá a um concerto ao ar livre, a um evento de multidões. Verá que a catarse coletiva é expressa de forma a buscar reconhecimento e afeto. Pode não ser dito, mas se vê nos olhos, se fala, se buscam movimentos uníssonos, de igualdade ainda que momentânea. Isso é desrepresamento de afeto que não é estendido para os demais dias da vida de cada indivíduo. O ser humano no mais fundo de sua essência está em busca de amor.


 
* No Meio do Caminho Tinha Uma Pedra - Drummond
* *O Auto da Compadecida – Ariano Suassuna





26 comentários:

chica disse...

Muito linda, como sempre, tua crônica e terminas brilhantemente...Todos querem e buscam o amor...Uns tropeçam em pedras , outros , pelo amor, tropeçam por beber,srrs ...abração,chica

Kunti/Elza Ghetti Zerbatto disse...

Bom dia Cacá!
Um tema forte e reflexivo de sua crônica.
Muito se fala de amor, mas na prática, a coisa muda de figura.
Lidar com as " pedras internas" realmente é uma batalha difícil e diária.
Uma ótima semana pra ti.
abração com carinho

Tunin disse...

Eta tema legal, meu amigo! E como sabes discorrer tão bem! Sempre há uma pedra no meio do caminho. O importante é que tenhamos discernimento para sabermos desviá-la.
Grande abraço, escritor de escol!

Vera Lúcia disse...

Olá Cacá,

Quando no colégio li este poema de Drummond, achei-o simplesmente engraçado. Mais tarde, comecei a vê-lo com outros olhos e, agora, diante desta belíssima crônica, passo a ver algo mais nele.

Sua crônica é altamente abrangente e faz uma abordagem maravilhosa e completa dessa dor da alma que conduz muitos aos diversos tipos
de drogas, conforme você tipificou.
Concordo integralmente.
É raro uma pessoa isenta de uma daquelas drogas. Apenas o amor terá o condão de preencher este vácuo nos corações das pessoas.
Amar-se e amar ao próximo é o eficaz remédio contra todos os tipos de drogas.

Parabéns, Cacá! Adorei sua crônica.

Ótimo dia.

Grande abraço.

Smareis disse...

Olá Cacá,

Sua crônica é maravilhosa, muito bem tecida, e muito real.No meio do nosso caminho sempre vai existir algumas pedras, precisamos e ter sabedoria para desviar-se delas.Para o ser humano ser feliz não necessita de drogas de especie alguma. Por vezes vemos pessoas que consideramos que seja feliz, mais por trás a vida é uma escuridão de e de tristeza. Li uma matéria de alguns famosos, um tempo atrás que fiquei a meditar como é triste levar uma vida tão angustiada assim apenas a troco de sucesso, dinheiro, fama.A gente olha essas pessoas é vê que parece que a vida deles são um mundo de alegria, mais por trás, usam drogas pra suportar tanta angustia, agridem o corpo com tanta plastica e drogas que chega uma hora acabam se suicidando por não resisti mais a própria vida, e o próprio sucesso, e essa busca desenfreada que ele nunca consegue obter.Mas creio que como você disse, o ser humano no mais fundo de sua essência está em busca de amor.

Seu texto é excelente, gostei imenso.
Grande abraço!

Marcio JR disse...

Cacá, meu amigo/irmão.

A sociedade utiliza algumas máscaras para poder se esconder desse mar de falta de afeto que tanto a aplaca. Nem preciso repetir as causas, pois você o fez de forma magistral.

Muitas dessas máscaras estão, justamente, naquilo que você chama de "drogas". É muito mais fácil você beber para se soltar, ou depositar no chocolate a sua ansiedade, ou ainda se enfurnar no trabalho para fugir dos problemas emotivos e afetivos... e por ai vai. Muitos utilizam essas coisas como desculpa, e se perdem ainda mais.

Recentemente, as pessoas começaram a se refugiar no mundo virtual. Criaram coletividades, grupos e outras coisas para, com isso, buscar afeto e proximidade, mesmo que virtual. No entanto, com o passar dos dias, os grupos cresceram, e tudo ficou igualzinho ao mundo real. Alguns conseguem ser afetivos e ganhar afeto, tendo um convívio normal com outros internautas, enquanto outros se enclausuram num sentimento, por vezes ilusório, de rejeição, e já passam a sentir depressão por se sentirem assim.

Um tema complexo e muito bem explorado, Cacá. E digo mais. Creio que você tem assunto aqui para mais umas 30 crônicas, mais ou menos. Perfeito, meu amigo.

Grande abraço a ti, Cacá.

Marcio

Toninho disse...

Há uma crença de que o amor esteja em alta,porem de forma meio que camuflada,falta empurrão, a massa é assustada pelos pedregulhos que são tantos e nem sempre se poetisa.Mas este desrepresamento é a grande arte para a avalanche quando conseguirmos retirar est ultima pedra.Um belo trabalho amigo que pode gerar infinitas reflexões,mas que redundam numa afirmativa,as pessoas tem medo de se dar e machucar.Uma bela semana a voce.Esteve em Parati? Compartilhei o convite na minha linho do tempo.Sucesso na terrinha boa.
Meu abraço e muita paz e luz.

Anne Lieri disse...

Cacá,como é dificil quando temos uma pedra no meio da...familia...rss...olha,temos problema de drogas em minha familia e como sua cronica foi acertada!No final,acredito que só mesmo o amor para recuperar uma pessoa com algum vicio!Bjs e boa semana,amigo!

Ivana disse...

Cacá, simplesmente amei sua crônica!
Esse assunto eu gosto, e muito!
Sou uma pessoa afetuosa, e sinto falta de afeto, as "pessoas" não demonstram afetividade; quem nunca teve não sabe demonstrar, outros não demonstram por medo do que a outra pessoa vai pensar, e assim vai!
Pode faltar muitas coisas numa relação, menos afeto! É ele que mantém um relacionamento, seja qual for o tipo de relacionamento. O afeto é indispensável, ele cura!
Amei sua transparência, tenho muito afeto por você!
Um abraço!

MARILENE disse...

Falar de amor está em alta. Viver o sentimento está em falta. Concordo, plenamente, com suas colocações. O maior objetivo do ser humano é ser amado, mas se não distribui afeto, coloca pedras nos caminhos de outros.
Nada substitui o prazer de se sentir querido e não se chega a isso pelo poder ou por qualquer tipo de vício.
Gostei DEMAIS de sua crônica. Bjs.

Artes e escritas disse...

O seu texto é bastante sério, para refletir. Lembrei de você e te deixo um mimo, o prêmio que está no http://selosarteseescritas.blogspot.com.br/. Ninguém é obrigado a aceitar o desafio, mas vale a pena te ler, disso eu tenho certeza. Um abraço, Yayá.

Celina disse...

BOM DIA CACÁ, ADOREI A SUA CRÔNICA, É A PURA REALIDADE, A FALTA DE AMOR, DE CONFIANÇA, NOS DEIXA MEIO COMO UM BARCO A DERIVA.
NUNCA SOMOS VERDADEIRAMENTE FELIZES, QUANDO CRIAMOS OS NOSSOS FILHOS VEM OS NETOS AUMENTANDO AS NOSSAS PREOCUPAÇÕES, QUE ELES POSSAM SE ENVOLVER PRINCIPALMENTE COM AS DROGAS. TUDO ISTO AMIGO MOSTRA A FRAGILIDADE DO HOMEM,TODOS NÓS ESTAMOS SUSCETÍVEIS A TER QUALQUER DESEQUILÍBRIO, DESTES CITADO POR VC NA SUA TÃO VERDADEIRA CRÔNICA.MUITO OBRIGADO PELA VISITA E BELO COMENTÁRIO,UM ABRAÇO CARINHOSO, CELINA.

Jaime Guimarães disse...

Salve, mestre!

"Verá que a catarse coletiva é expressa de forma a buscar reconhecimento e afeto."

Brilhante. E é nisso que eu bato a tecla e a pena o tempo todo, chegando a ser muito chato com tamanha insistência: é preciso resgatar a afetividade perdida, a alteridade. As pessoas confundem afeto com aquela coisa "melosa" até descrita em alguns manuais de auto-ajuda, mas é algo que precisamos cultivar desde a mais tenra idade para que o desenvolvimento e o acolhimento ao HUMANO aconteça. Não é à toa que estejamos chafurdados em uma cultura de violência onde as pessoas vibram de madrugada com uma luta transmitida pela TV ou que a notícia da morte de um rapaz por espancamento apenas por estar abraçado ao irmão - e foi confundido como homossexual - seja recebida com tamanha indiferença em um perigoso conformismo.

A "felicidade" está no humano, no que há de mais humano em termos de valores éticos, morais e - vá lá - espirituais. Quem a procura nas drogas, nas plásticas, nas redes sociais, está na verdade buscando um breve alívio. Que pouco resolve.

Um abraço, mestre Cacá!

Unknown disse...

Excelente trabalho, meu amigo! - Gostaria que desse uma olhada no link a seguir: http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/07/cassacao-os-elementos.html - Abração

Eva disse...

Cacá, querido amigo, é tão bom ter vc por perto, quando vc chega com seu sorrisão no meu blog, o sol pisca de tão feliz, tudo se ilumina, obrigada pela honra de ter sua amizade, seu texto é muito emocionante, brilhante mesmo, e verdadeiro.
..no meio do caminho tem uma pedra e nós não contávamos com isso, acabamos atirando as pedras uns nos outros, procurando algum culpado, começamos por nós mesmos, reduzimos o afeto a tal ponto que a carência está generalizada e as fugas são tentadoras e o buraco será sempre mais embaixo, desta forma..
no meio do caminho tem uma pedra..na vida de todo mundo e precisamos ter consciência que o momento é de muito trabalho... da generosidade, solidariedade, tolerância e a compreensão do quanto teremos que fazer para instalar o amor como cenário de fundo,não veio no Kit humano, precisa ser configurado. bjo fraterno.um bom dia prá ti.

Sueli Gallacci disse...

Cáca, arrepiante reflexão meu amigo! Ler esse texto foi como sentir verdades sendo jogadas na minha cara!

Diria que as pedras fazem parte do caminho, desviar ou removê-las exige muita sabedoria. Entretanto, somos falhos e muitas vezes as pedras nos impedem de ver que o caminho continua lá na frente, e perdemos muito tempo procurando atalhos.

Sobre "estarmos infestados de amor", diria que é só na teoria, na verdade o que impera hoje é o individualismo, os próprios interesses. Vivemos numa solidão coletiva, todos carentes de afeto. Os casamentos não passam dos 3 anos, amizades são passageiras. As pessoas só se aproximam das outras por algum interesse. O ‘doar-se’ está cada vez mais escasso. Estamos cada vez menos nos tolerando mutuamente. Como vc bem citou tudo é momentâneo, caiu de moda o “para sempre”. A humanidade está tomando um rumo esquisito e pensa que está em busca do amor. Mas não é esse o caminho.

Lindo amigo! Emocionei-me muito aqui hoje.

Bjo grande.

Helena Chiarello disse...

Muito verdadeira e própria tua reflexão, Cacá!

Todos estamos sempre em busca do amor! E não poderia ser diferente, uma vez que é esse sentimento maior que move a vida.

Sempre ótimo em tuas crônicas! Sempre bom ler você!

Grande abraço!

Helena Frenzel disse...

Fico pensando na minha geração, a geração da 'transa e tanto faz' bem retratada naquela canção do Ritchie, depois a do 'ficar' e agora a 'da balada' e pergunto-me por que as pessoas têm tanto medo de admitir que estão buscando o amor. Acho que amor 'buscado' não se encontra; precisamos apenas saber olhar pra ele e descobrir que sempre esteve à mão; quanto mais buscamos, mais ele se esconde; mostra-se quando começamos a agir em favor do próximo ou de nós mesmos. Talvez o amor seja nome de um colírio universal que cega, e exatamente por isso torna a vida melhor. Quem não consegue fechar os olhos por algum tempo, talvez não consiga também amar... Nossa, profundas questões neste texto! Deixa eu parar por aqui antes de soltar mais abobrinhas! Um abraço terapêutico. Em tempo: parabéns pelo novo livro! Inté!

Lulú disse...

Olá Cacá.
Estive muito tempo afastada porque a saúde não estava bem. Estou voltando vagarosamente.
Obrigada pelo comentário sobre a graviola. Pena que as vezes descobrimos as coisas tardiamente, como eu descobrir sobre as drogas no seu jeito de ver e sentir. Parabéns pela crônica
Beijos
Maria Luiza (Lulú)

Inaie disse...

e vc tem o meu afeto, o meu carinho e a minha ajuda se um dia precisar chutar mais pedras do seu caminho. Também não sei por que, só sei que é assim!

pensandoemfamilia disse...

Olá Cacá

Que beleza de inspiração. Sua crônica traz o retrato feil deste momento que vivemos em que a violência, a corrupção, a desigualdade tomam conta do espaço deixado pelo afeto do amor.
Medo, muito medo de sofrer (corrida para a felicidade) tem levado muitos a abandonar o afeto e correr atrás da matéria seja ela em forma de drogas, de comida, beleza...

Bom final de semana

Evanir disse...

Feliz Domingo amigo Cacá
e uma nova semana de paz beijos,Evanir.

Denise disse...

Eu gosto muitíssimo do que vc escreve, Cacá, mas aqui vc se superou...respirei fundo ao reler - sim, merece ser lido muitas vezes este teu maravilhoso toque de despertar - e a cada argumento, mais forte minha emoção ficava, em sintonia profunda com tua reflexão que é um mergulho sem medo ao mais íntimo do ser...não dá pra viver sem afeto, todos buscamos, em síntese, o amor. Esta é a essência, o pilar da vida, onde o "edifício humano" se ergue, e se alimenta.

A busca de sentido esbarrava nos sentimentos, com parada obrigatória, um mundo que ficou acelerado e, na urgência de crescer outros aspectos da vida, o principal corre o risco de atrofia afetiva...isto é assustador.

Defendo a demonstração de afeto, sou efusiva, não economizo palavras, abraços, pequenos e grandes gestos que levem meu amor, minha intenção, meu bem querer.

Encantada pela riqueza e força de tuas palavras, peço permissão para compartilhar esta tua Terapia...e desejar paz e bem sempre...COM AFETO!

Um abraço grande, cheio de carinho e admiração!!!

Meire Oliveira disse...

Maravilhosa a crônica, Cacá! Me emocionei por aqui. As pessoas muitas vezes usam "as pedras do caminho" pra endurecerem o coração, mas no fundo todos têm amor dentro de si, uma fonte inesgotável, só que muitos preferem ou restringir ou esconder. Que o mundo saiba abrir o coração a cada dia mais pra esse sentimento que só une.

Beijo e meu carinho.

Jacques disse...

Boa noite, Cacá.
Excelente texto o seu, meus mais sinceros parabéns.
Realmente, nos dias atuais, muitas pessoas acabam apelando para algum tipo de droga (lícita ou não) para suprirem suas carências afetivas.
Acho que, se alguém possui um núcleo familiar forte e pessoas que realmente se importam, dificilmente cairá nesta armadilha.
Somos seres sociais, sempre procuraremos a companhia de nossos semelhantes, mesmo que seja no meio virtual.
Abraço, Cacá.

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