Nos últimos tempos quando me perguntavam de onde sou eu
costumava responder que nasci em Itabira, mas me considerava de lá, de BH e de
Mariana, as cidades onde morei praticamente um terço de minha vida em cada uma.
Ultimamente estou em Itabira, para onde voltei faz um tempinho e me sinto um
completo estranho. Tive e oportunidade de ir a Mariana há pouco tempo e me
senti um estranho. Em BH eu nem preciso dizer isso, pois acho cidade muito
grande, lugar de alheamentos, impessoalidades e indiferenças. São tão comuns
que soa estranho quando há amabilidades. A desconfiança vem acompanhada daquele
ditado, “quando a esmola é muita, até o santo desconfia.” Fui comentar esse
estranhamento com uma amiga e ela me disse que as cidades cresceram muito, que as
coisas mudaram, que o mundo está evoluindo.
Quando ouvi esta última palavra fui acometido pela chatice que me ataca quando
me falam de evolução. Mas não briguei com ela, para não reforçar a minha
chatice.
Entretanto, nos prós e contras
inevitáveis que a gente vai contabilizando com as mudanças vivas, continuo achando o
interior um melhor lugar para se viver. Aqui ainda há gentilezas no trânsito,
muito embora ele não seja tão amistoso e nem tão selvagem como na cidade
grande. Aqui a gente ainda abre o portão de casa com menos medo. Aqui a gente ainda
costuma ser tratado com muita reverência no comércio. Outro dia mesmo eu entrei
numa farmácia e descobri que aquela velha história do fio do bigode está em franca atividade. A moça me perguntou depois
que eu comprei uns medicamentos se era para anotar na caderneta. Nunca havíamos
nos visto.
Aqui, assim, do nada, lhe dão bom
dia, boa tarde, boa noite aonde quer que se encontrem pessoas. Outro dia
também, saí para fazer quatro coisas na cidade em quatro lugares diferentes.
Fiz tudo e quando chego em casa, descobri que havia gastado apenas quarenta
minutos para fazer as quatro coisas. Fui correndo até a casa de minha irmã,
abismado, comentar com ela. Normalmente em BH esse tempo era o que eu gastava apenas
me deslocando até o primeiro lugar onde tivesse que ir. Ah, e já me policiei
também, minha falta de educação estava exagerada no trânsito. Aqui, nos locais
de maior fluxo, os carros costumam parar quando alguém pisa na faixa de
pedestres e esperam a pessoa atravessar a rua. Fiquei cheio das culpas ao
lembrar se naqueles 40 minutos anteriores eu não tinha deixado alguém de cara amarrada
comigo por não tê-lo esperado atravessar a rua.
Então, eu vou reforçando a ideia
de que eu sou de onde me sinto melhor, tiro o melhor para mim e dou o melhor de
mim, pois é isso que faz a gente amar um lugar e, portanto, criar uma
identidade através da memória afetiva com esse lugar. Idealista que ainda sou e
com esse propósito no coração dá vontade de um dia poder dizer verdadeiramente:
Sou cidadão do mundo.
50 comentários:
Pois é Cascá, apesar de vc advertir que ai, "ainda"existem coisas que já se perderam nas grandes cidades, o fluxo da mudança em cidades menores acontece mais devagar, né?
Talvez pra uns, refratários ao cultivo de atitudes amistosas se o preço for o não desenvolvimento que lhe pareça necessário, morar no interior é atraso de vida...ou coisa pra gente mais velha, que se adapta melhor...cada um tem seu ponto de referência e ideias concebidas, desejos, metas e sonhos - vida que se escolhe. Cidadãos do mundo...que escolhem viver!
Sempre estou em contato com as facilidades da cidade de interior (meu filho mora em uma), e nestes dias saí de uma loja com duas sacolas cheias de calças pra provar e escolher em casa...o tal "condicional", que é condição concedida àqueles que vivem essa vida diferente, e apreciam camaradagens, trocam acenos, combinam churrascos e vão à missa...e gostam disso!
Como vc, tb me sinto bem, e acho que memórias afetivas ajudam a gente a se encontrar, se situando e compreendendo a estrutura emocional que construímos.
Que bom que voltou!
Um grande abraço e uma ótima semana!
Pois eu concordo com você: nossa "casa" é o lugar onde nos sentimos bem...Onde a vida parece nos sorrir. Também vivi fora daqui durante um certo tempo, mas acabei voltando. E posso lhe afirmar: Itabira não é a melhor cidade, em várias situações, para se morar. Mas é um lugar muito gostoso de se viver...Dá pra entender??
Como diz o grande filósofo Pumba (esse mesmo, do Timão e Pumba), "nossa casa é onde o bum-bum repousa". Guardei essa frase e utilizo até hoje. Pode até soar de forma ridícula, mas só repousamos verdadeiramente onde nos sentimos bem. Me sinto bem em minha casa.
Adoro Curitiba. Tenho um caso de amor com essa cidade, mas ela está grande demais para mim e meus anseios. Conheço muito bem a vida de cidade pequena, e te garanto que é pura questão de tempo para que eu vá para o interior do meu Paraná ou para qualquer outro lugar de hábitos mais simples e de um tempo que demore mais pra passar.
Mas entendo perfeitamente as necessidades daqueles que gostam do imediato, da correria e do caos urbano. Cada um na sua, e graças a Deus que é assim.
Bom te ver por aqui novamente, Cacá. Escolhe uma árvore por aí, senta embaixo, pega a caneta e mãos à obra. Seja na cidade ou no campo, ler não causa l.e.r., e te ler é sempre um exercício pra lá de prazeroso.
Abraços, meu amigo.
Marcio
Oi Cacá!
Engraçado quando comecei a ler o seu texto me identifiquei tanto. Neste últimos 10 anos me mudei algumas vezes e tb tenho este estranhamento com os lugares.
A gente precisa se encontrar nestas subidas de ladeira uai
Queissodiverá!
Bjs.
Que bom quando nos sentimos bem em um lugar, onde podemos com pouco tempo transitar, fazer coisas várias, há o bom-dia. boa-tarde entre vizinhos, ainda se pode caminhar tranquilo.
Infelizmente nas grandes cidades isso não tem mais. Pena!! E como tu, acho que somos de onde estão tratando bem nosso coração. de onde ficamos felizes em voltar.
Eu por exemplo, MORO em P.Alegre, mas não SOU daqui, nem me sinto bem aqui.
abração,chica e linda semana!
Bom dia, Cacá! Pois esse seu post me inspirou a pensar sobre isso: de onde mesmo é que eu sou? Depois compartilho o resultado da reflexão. 'Siguinte': parabéns pelo terceiro livro!! Super feliz por você, vice?! Quanto à questão 'presidente' ou 'presidenta', fico com a primeira, já que o sufixo -ente significa, mais ou menos, não recordo agora: aquele que tem a função X, no caso de 'presidente', 'presidir'; e serve para os dois gêneros, com o artigo, claro. Prefiro então 'a presidente' em lugar de presidenta. Bom, mas como questão de gosto não se discute, se a 'presidenta' quer ser chamada assim, que assim fique! Mas como eu não sou de seguir recomendações, pra mim, ela vai seguir como 'a presidente' mesmo! Um abraço fraterno.
oi Cacá,
sou de São Paulo,
nasci, cresci e sempre vivi por aqui,
mas não me sinto mais dessa cidade enlouquecedora,
estamos planejando eu e meu mineirinho, de ir para um lugar mais tranquilo,
onde se sinta o cheiro da terra,
onde andar de mãos dadas no final de tarde,não atrapalhe o corre-corre de ninguém,
aquele lugar bucólico com flores na varanda e cheiro de frutas frescas no quintal...
acho que este sim é o meu lugar,onde meu coração vai sorrir,
sei não,
acho que estou ficando velha...rsrs
beijinhos
eu acho q fui há muitos anos em itabira, qd vc comentou no meu blog eu fui ver onde era o evento e descobri q vc está lá. em mariana costuma ter um festival de música, te aviso qd achar a programação. de vez em qd fico sabendo de programações culturais no interior de minas e te aviso. em geral sou meio difícil de localizar se é perto ou não de onde a pessoa mora, mas aviso. eu particularmente gosto mais de cidades mais movimentadas culturalmente, tanto q adoro bh. não sei se conseguiria viver em uma cidade com poucas peças de teatros, apresentações de música, principalmente música erudita, enfim... beijos, pedrita
Que coisa linda Cacá.
Li reli, e fiquei refletindo em cima de seu texto. Ele chegou cercado de minúcias, e afagando a importância de muita sensatez e delicadeza.
Costumo dizer em meus textos que: “já nasci velha”. Porque no dia -a- dia, me idealizo mais com estas coisas passadas. Tranquilas, delicadas, calmas, que a desorganização do instante dessa correria. Mas que me adapto, porque faço parte delas de alguma forma.
O que adoro? É falar bom dia, boa tarde, boa noite, com licença, desculpe-me, por favor, obrigada. Ouvir os pássaros cantando numa alegria que contagia, o chegar do sol iluminando o dia, abeirar-se em casa e poder olhar da minha janela e conversar com Deus, sem correria. Só nós dois sem pressa. O cantinho pessoal de cada um é onde o coração adora estar né?
Bom te ter de volta querido, fica tudo mais colorido e belo.
Beijão José.
Fernanda
Ohw Cacá, que texto delicioso... há tempos não passo por aqui, mas você é um "mineiro" nato... de ♥, e isso por si só é maravilhoso! Infelizmente as cidades grandes (e tenho que incluir BH nisso), há tempos foram tomadas pelo individualismo. Triste realidade! Sonho em um dia realmente morar num local de interior, AMO locais assim... http://www.simonealine.com/2010/08/bonito-poetico-ou-precario.html
Boa semana pra vc! Bjks!
Bom dia, Cacá!
Mas você já é um cidadão do mundo, principalmente com sua escrita, chega onde quer e será bem vindo sempre.
Eu tamb ém sou assim, considero Petrópolis como minha cidade de nascimento, porque é lá que gosto de ficar ou morar de novo um dia, mas agora percebo que o mundo é todo meu, todo nosso.
beijos cariocas
Freud Além da Alma é um dos filmes de cabeceira. Sempre estou revendo para análise. Você presenteou sua sobrinha muito bem. Cynthia
Cacá,acredito que o ser humano se adapta em qualquer lugar,mas alguns tem mais a ver conosco e é onde nos sentimos mais felizes!Uma linda e verdadeira cronica!bjs e boa semana!
Oi Cacá, obrigado pela visita!!!
Estou muito feliz que você voltou!!!
Boa semana pra ti!!!
Bjs do Neno
Bom dia, querido amigo Cacá.
Que lindo e emocionante!!
Encontrar a sua cidade oferecendo ainda isso tudo, é uma dádiva.
É como se Itabira o abraçasse, lhe desse colo.
Fico feliz em saber que o seu cotidiano é essa paz toda. Perto da sua irmã, do começo da sua história!
Você é muito especial, amigo. O seu sorriso nessa foto é tudo de bom.
Sinto um alívio em vê-lo bem.
Deus o proteja e à toda sua família.
Beijos.
(Muito obrigada pelas suas lindas palavras gentis e carinhosas).
Oi Cacá...,
Gostei tanto de saber que você é de Itabira e que está adorando o seu retorno por ai... É porque o meu irmão se mudou há pouco tempo para Itabira. Ele saiu de Carajás-Pará, para morar aí. Ele trabalha na Vale. Por sua vez, não conheci nem Carajás e não conheço Itabira (sei que é excessivamente cheia de morros), mas fico feliz de conhecê-la em seus detalhes, contados por você, que nasceu nela. Adorei...
Quanto a essas gentilezas e educações, já sofri muito por reparar na falta deles... Na verdade, em minha própria cidade, que é interior... (Guaratinguetá-SP//ao lado de Aparecida do Norte). Portanto, creio que vai da cultura regional e não se é interior ou capital... Enfim, de todo o modo, é desconfortante sermos mau atendidos.
Beijos,
Cacá, penso que é mais fácil ser cidadão do mundo, isso porque, desde que me casei, há 26 anos, tenho vivido em cidades muito pequenas e em cada uma delas procurei me ambientar ao meio, um jeito que encontrei para viver feliz em qualquer lugar.
Um abraço.
Oi Cacá!
Saudades amigo.
Concordo plenamente contigo quanto a ser cidadão do mundo.
Podemos fazer algo sim,começando por nós mesmos espalhando sorrisos e energia positiva.
Não basta reclamar, mas sim precisamos fazer nossa parte dentro do todo.
Adorei o texto.
Aproveito para agradecer sua presença na minha ausência.
Uma ótima semana para ti.
abração com carinho
Cacá boa tarde, que bom que vc voltou, vc deve saber como estou alegre, fez muita falta, ia sempre no teu blog com saudades das tuas crônicas.li o seu último livro, gostei muito, quando estou me sentindo triste não tem remédio melhor, vc escreve até coisas sérias, com ligeiro toque de humor, é como estivesse conversando com um amigo muito querido, é o que vc é! Sobre a sua crônica, sentimos assim quando deixamos a nossa terra, por muito tempo, eu me sinto turista em Natal, adoro o Recife com suas belezas e mazelas.
Um abraço carinhoso Celina.
Oi Cacá!
As cidades grandes são frias mesmo. Viver em pequenas cidades pode ser um diferencial, pela amabilidade das pessoas, mas o nosso canto mesmo é aquele onde nos sentimos bem, onde acordamos a cada dia e com prazer respiramos e dizemos, estou em casa.
Abração!
Caca
Eu também percebo, quando viajo para as cidades menores, no interior do Estado do Rio, que as pessoas cumprimentam, têm atenção com os pedestres, enfim há uma interação mais amistosa. Também não sinto minha referência, sou carioca,contudo não me sinto em casa no Rio de Janeiro. Tantas coisas mudaram, da arquitetura aos costumes. Compartilho do seu sonho, quem sabe, não é mesmo? É preciso sonhar para se chegar as realizações.
bjs
Confesso que sou uma pessoa de cidade grande. As cidades do interior me encantam, mas só consigo passar alguns dias... é minha natureza... Fiquei feliz com a sua volta.. Felicidades sempre..
abraços
Penso como você amigo, somos cidadãos do mundo e somos de onde nos sentimos melhor, em paz com a gente mesmo.
Nasci em cidade grande, mas moro numa pequena e acho ótimo, porque tudo é perto, apesar do transito meio complicado, fica simples se comparado com a cidade que nasci.
Posso passear na minha cidade natal e morar num lugar um pouco mais tranquilo e isso é bom demais...feliz semana,beijos,
Valéria
Graaaaande Cacá!
Que coisa boa tê-lo de volta e passando lá no meu humilde bloguezinho e honrando com o seu comentário!
Sim, eu espero que 2012 tudo entre nos eixos aí em sua vida e retorne com tudo para a nossa blogosfera - eu também andei um tempo afastado, falta de tempo, essas coisas.
"Então, eu vou reforçando a ideia de que eu sou de onde me sinto melhor, tiro o melhor para mim e dou o melhor de mim". Eu tô meio perdidão porque sou paulistano e moro em Salvador há algum tempo e naquela de não ficar muito à vontade aqui e não estar disposto a encarar aquela loucura de sampa. Um dia eu acerto um lugar onde eu me sinta bem :)
Um grande abraço, fiquei muito feliz com seu retorno!
Que bom que voltou Cacá!vc faz falta
parabéns pelo novo livro
abração
Oi Cacá, te respondi lá, mas se não viu, reforço aqui: não houve falha sua ou do blogger, eu é que ando sem tempo de responder aos comentários com o carinho e atenção que sempre fiz questão. Chegou sim teu comentário, e eu moderei ambos, e respondi aos dois, com imenso prazer!
Muito bom ter vc de volta ao convívio nesse mundo fraterno, vc faz muita falta e diferença!
Bem-vindo, Cacá!
Paz, muiat paz, e todo bem...em dobro meu carinho pra ti!!
Oi Cacá! Boa chegada, bom retorno. É sempre um prazer encontrá-lo e como diz Rubem Alves, "saborear" as suas palavras. Da minha experiência em BH, uma das coisas que me incomodou foi distâncias que tornavam tudo mais cansativo e demorado. Sou de Itaúna. Moro em Divinópolis (conforme você sabe), mas não gosto daqui. A vantagem é a proximidade que me possibilita estar em Itaúna semanalmente. Forte abraço!
Concordo em termos Cacá, as cidades do interior são mais hospitaleiras mas pude constatar que por lá já começam a chegar alguns problemas que tanto inferniza a vida das cidades.
Tenho viajado com mais regularidade a casa antiga ,no interior , e vi jovens e jovens tomados pelo uso das drogas,o que voce sabe gera conflitos tanto na família como na sociedade.Já não se dorme tão gostosamente como antes, há alguns medos generalizados.
Entretanto ainda amanhece-se com o cantar do galo, cumprimenta-se todo mundo ( na cidade grande deusmelivre rs),ouve-se o silencio nas ruas - os carros são mais silenciosos e não há pontos de ônibus apinhados... as filas bancárias são pequenas, conhece-se o gerente rs e dormimos cedinho porque também o sinal da internet não é lá essas coisas rs
lógico que nao estou falando de Itabira,bem mais apessoada rs falo de algo mais a baixo aqui pros lados do espirito santo conhece né? rsrs
Cacá bom mesmo é te-lo aqui comigo, as tardinhas ou nas madrugadas , gosto de estar contigo através desse modo citadino.
um abraço grande e desculpe me alongar.Falaria muito mais coisinhas e semelhanças ,mas o que sei mesmo é que podes considerar um mineiro cidadão de Itabira, de BH e do mundo inteiro!
fique bem ok?
Salve Cacá!
Seja bem vindo!
Desculpe a pressa, nem consegui ler direito teu texto, 1001 desculpas..., mas quero dizer que fiquei muito feliz com tua volta!
Retorno com mais calma,
grande abraço!
Ah! Cacá! Que bom saber que não apenas voltou, mas acabei de ver que já tem nova obra no ar.
Mais Cacá, sempre o Cacá refletindo sobre esse mundão... Uai, mundo? rsrsr
Abraços sempre afetuosos.
Fábio.
Cacá
Que delícia de texto, e que bom saber que está gostando da cidade. Tão bom resgatar esses valores que só encontramos em cidades pequenas do interior, não é mesmo?
Fico muito feliz por você, tenho certeza que vai fazer muitos amigos, pois em cidades pequenas do interior as pessoas são muito simples, honestas e amigos de verdade, não tem como não ser feliz!
Um abraço, fica com DEUS!
É difícil conservar um semblante calmo o tempo todo, já me aconteceu de estar de cara amarrada e da outra pensar que o problema era com ela, essa é uma situação que te faz refletir sobre a importância de se ter um sorriso pronto. Um abraço, Yayá.
CACÁ que alegria chegar aqui nesta tua casa iluminada e encontrar textos novos, li os dois, menino que bom te sentir bem, agora esta tua crônica é repleta de verdades, sabe eu me identifico com lugares mais simples, pequenos, moro em São Vicente cidade litorânea, mas aqui não tem nada de cidade pacata de interior, só o meu bairro porque fica na área continental. Com o problema de ser afastado de tudo e a condução ser muito demorada, mas gosto daqui. Eu sempre disse que o que faz o lugar são as pessoas, e aqui todos são muito simples.
Agora esta frase eu sou do Mundo, eu adorei uma vez eu disse e aliás repito EU AMO O MUNDO, menino deu uma confusão, porque foi a resposta para alguém que me perguntou se eu estava amando e o ignorante entendeu da pior forma.
Sempre que der aqui estarei apreciando suas belas crônicas, beijos Luconi
Qual o nosso destino? Eu moro em uma cidade que quando criança odiei e depois de rodar o mundo, escolhi ela para morar, vai entender! Não foi amor à primeira vista. Eu fui amando devagarinho, descobrindo seus encantos até ela me cativar de vez! Quando a minha cidade natal, eu desamei! Depois de várias administrações incompetentes, conseguiram destruir a cidade levando para lá grandes indústrias. Meus irmãos mudaram de lá, minha mãe faleceu, eu já não tinha pai... daí ter que ir lá de vez em quando resolver qualquer entrave é um pé no saco. E eu amava a minha terra natal, cantava que jamais sairia de lá... o mundo deu volta e caí aqui em Cabo Frio, uma cidade de ninguém!
Beijus,
Cacá, você estava fazendo falta com as suas letras tão bem traçadas.Muitos blogs reclamaram sua ausência, mas, graças ao bom Deus você está de volta.
O texto é especial.Somos criaturas adaptáveis, porém há lugares onde o nosso coração grita mais forte.
Abração, querido!
Olá Cacá,
Que alegria tê-lo de volta!
Quase não o reconheci pelo perfil, mas o identifiquei pelo "paz e bem"
(rsrsrsrsrs).
Também acho que pertencemos ao lugar onde nos sentimos "em casa".
Vim do interior (Conselheiro Lafaiete) e sempre amei Belo Horizonte, com todas as suas mazelas. Não conseguiria voltar a morar em Lafaiete. Vou sempre lá, pois parte de minha família ainda reside lá, mas quando vou, aos finais de semana, fico dentro de casa. Não saio. Perdi completamente a identidade com aquela cidade.
Também já passei períodos em São Paulo e cheguei à conclusão que BH tem o meu número (rsrsrsrs).
Espero que continue feliz por aí, mas que não se afaste da nossa
agradável e enriquecedora convivência.
Grande abraço.
Por isso que eu digo amar a cidade em que moro, nela ainda caminho pelas ruas sem ter medo, na padaria aqui perto de casa ainda existe essa caderneta de se anotar o que comprou, digo bom dia, boa tarde e boa noite até pra quem não conheço e muitas vezes atravesso a faixa de pedestre calmamente, vendo que o motorista do carro gentilmente parou e me deu um sinal com a mão me tranquilizando na minha travessia...
Não troco essa cidade que moro por outra mais desenvolvida (assim espero).
Um grande abraço Cacá.
Olá José Cláudio !!
Adorei a postagem, pois me identifiquei bastante !
Sou mineira, mas morei quase toda a vida em uma cidadezinha bem pequenininha no interior do Estado do RJ, a 3 anos me mudei para Sp e pude sentir na pele as diferenças... onde eu morava é bem como descreveu, eu posso andar a noite na rua sem medo, ir em vários lugares a pé mesmo e rapidinho... todos se conhecem, mesmo que de vista apenas, e isso é bem aconchegante, na minha opinião, isso sim é ter qualidade de vida ;) Me mudei porque todos os lugares tem seus prós e contras e lá não tinha oportunidades de trabalho satisfatórias... Gosto muito de Sp, tem de tudo, muitas opções de qualquer coisa, seja trabalho, lazer etc... Então acho que eu sou mesmo é dos dois lugares rsrs, gosto de cada um por suas particularidades, mas também sou de Minas, minha querida cidade natal... acho que já podemos dizer que somos cidadãos do mundo :)
Um enorme abraço e uma excelente restinho de semana ! :D
Olá, Cacá! Que texto perfeito, amigo. Sinto o mesmo que você; moro na capital mas acho que a qualidade de vida está no interior; a amabilidade, a solidariedade, a calma, a amizade sincera ainda vivem no interior. Quando saio de férias não quero voltar... E quando regresso, estou com 10 anos de lucro. Passo por uma renovação!
Assino embaixo de seu texto.
beijos, bom ter voltado!
Pode ter certeza amigo,que já é um cidadão do mundo.O melhor lugar do mundo é onde estamos produzindo e recriando e foi assim que venho adotando lugares,mas a saudade destas coisas simples que fa o viver mais leve, estas eu não posso negar.
Um abração e bom que voce vai retornando para alegria da letras.
Saudações itabirana.
Caca, bonito este teu texto viu.
Sabe que eu pensei algo assim esta semana?
Fiz na quarta feira 18 anos de Alemanha. Tanta coisa eu vivi e nem acredito que todo este tempo passou. Fiquei de maior e nem percebi, rs.
Adorei o último parágrafo deste teu post.
Bom te ver...
Abracos
Oi Cacá, de volta né?
Você é um cidadào cósmico: olhe a noite pro céu desses interiores e vai me dar razão.
Abração!
Berzé
Olá, Cacá. É muito bom tê-lo de volta, amigo. Especialmente com um texto assim, de louvores à vida interiorana - para a qual eu também almejo voltar um dia. Meu abraço!
Oi Cacá,
Feliz Dia das Mães...!!
Um bom domingo junto aos seus familiares...
Beijos,
Por motivos relacionados com a saúde de meu marido, que tem requerido cuidados redobrados, não tive possibilidade de vir ao computador, nem sequer para agradecer e retribuir a tua visita.
Peço desculpa de recorrer ao “copy & paste”, mas doutra forma não poderia dizer, a todos e a cada um: Obrigada!
(Por sorte preparei a semana passada um post para publicar amanhã, domingo, Dia das Mães no Brasil.)
Obrigada pela amizade e carinho.
Beijinhos
O lugar que pertencemos é com certeza aquele que nos sentimos bem!!
Nem todas as mudanças são evoluções...algumas não são nada positivas.Se há uma evolução,tem que ser boa!Senão qual o sentido,né?!
Belo texto!!Intigante!
Beijos!
Boa semana!
Belo texto! Sábio e sincero.
Eu particularmente acredito que o melhor lugar do mundo é dentro do abraço da minha esposa (lugarzim danadu di bão, sô!!!), mas que esse trem chamado Minas Gerais é um pedaço batuta de terra abençoada, isso é!
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