domingo, 15 de fevereiro de 2009

EUTANÁSIA

Para uns Deus é a medida de todas as coisas. Outros, porém, estão sempre em busca de algo além de verdades prontas, pré-estabelecidas, os dogmas. Há ainda aqueles que vagueiam inseguros, por aqui e por ali à procura de algum significado para a existência humana.

Diante de determinados fatos de repercussão global, quem acaba colocando o assunto na roda dos debates são os meios de comunicação. Aqui vou falar da eutanásia. E vou tentar fazê-lo sem nenhuma opinião pré-concebida, sem nenhum fervor religioso, sem nenhum paradigma que possa direcionar a minha opinião.

Alguém, qualquer pessoa que seja, independente de sua condição sócio-econômica, cultural e religiosa, sexual ou cor da pele, encontra-se pelos desígnios da vivência, absolutamente incapaz de se manifestar, de se locomover, falar, sorrir, chorar, se alimentar e fazer suas necessidades fisiológicas por conta própria. Passa a ser mantida viva como uma planta e com auxílio de aparelhos inventados pelo homem. E depois de muito tempo, feitos todos os esforços, todos os estudos, tentadas todas as terapêuticas, chega-se ao diagnóstico da impossibilidade de reabilitação ou cura. Não possui essa pessoa nem a capacidade de interferir naquilo que lhe é oferecido, ou seja, se aceita ou não essa condição. Até que ponto alguém pode decidir sobre seu destino? E decidir o que? Se a mantém assim ou se abrevia a sua condição, praticando, nesse caso a tão controvertida eutanásia?

As leis no mundo em torno do caso não permitem praticar, em alguns lugares, a eutanásia “não consentida”, ao estabelecer a pena de morte? Inclusive de gente que não está em estado vegetativo? Pessoas que, segundo essas mesmas leis têm direito à vida? Outro aspecto da lei com relação ao direito à vida: esse direito no caso em questão tem que virar obrigação? Se se trata de um direito, a pessoa não pode abrir mão dele? E ela não podendo por falta de condições psicoemocionais, o seu responsável ou pessoa mais próxima pode abnegar do direito por ela?

Quanto à ciência, ela estaria dando uma contribuição à fé religiosa, comprovando pelos seus métodos e recursos técnicos que não há vida ativa naquele corpo? Se as pessoas religiosas crêem em algo além da matéria, não estariam amparadas para permitirem a paz e o descanso dessa alma em sofrimento? Ou não, ela e quem mais a ama e lhe quer bem devem sofrer até que sua sina seja cumprida?

Não apoio, não recrimino, não julgo. Apenas me tirem os tubos, desliguem as tomadas se for meu o caso um dia.

1 comentários:

Anônimo disse...

Meu querido Cacá!

Pelo que vejo, essa moça linda que esta contigo deve ser sua filhinha né?
Eu também, sempre que posto alguma coisa minha princesa vai junto.

Quem somos sem nossa prole?

Meu amigo muito obrigado pelo comentário de minha histórinha de vida que fiz lá no Boteco.
Escreve-la no meu blog, só se for de pedacinho. É imensa! Adoro viver do que vivi.

Seu artigo, é uma coisa impressionante, a genialidade são as quantidades de ? que você coloca no texto. Você deixa o seu leitor absolve-la dentro da sensibilidade de cada um, porem o desfecho é todo seu que concordo plenamento.

Sim, pela sua fala de meus queijos, é isso mesmo tá no meu projeto o pão de queijo, eu desenvolvi o requeijão cremoso de pote que teve uma aceitação muiot boa.

Nun vô intupí seu espaço prá cuntá meus causos ou meus negócios.

Forte abraço meu querido amigo mineirím.

Simei

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