Esse espaço aqui não é para falar de política nem de economia. São impressões, alegrias, angústias, vivências. Portanto, como diria Vinícius de Moraes: “filhos, filhos, melhor não tê-los, mas se não os temos, como sabê-los?” Não tem como ficar livre, senão não somos agentes da história.
Nosso modelo econômico sempre foi europeu ou americano, nossos modelos de análise também. O único modelo genuinamente brasileiro é o da submissão. Os ”mercados” nem se deram conta ainda da pujança da economia doméstica que se desenvolveu nos últimos tempos no Brasil e já vêm os analistas desmontar tudo num sopro de cavaleiros do apocalipse. E a cada dia, é um diagnóstico que fatalmente vai levar ao fim ou ao fundo, depende do tamanho do buraco.
Analistas de economia não deveriam ser chamados assim. Prefiro narradores econômicos. É que seus tiros quase que invariavelmente saem pela culatra. Mesmo porque a economia real é regida pela economia virtual. Melhor que aguardem o desenrolar dos fatos e depois nos destrinchem, como fazemos com a história: construímos no cotidiano e deixamos para contar depois. Análise, no caso deles é pragmatismo. Quando falam de volatilidade, eu já fico aguardando o ponto de fulgor. Quando vou ver, era apenas uma bolha especulativa. Furou e se esvaiu. Depois vem a imprensa com sua imparcialidade de torcedor de futebol e joga lenha na fogueira. Assim não há crise que não se instale. Entendeu? Não? Então, até o próximo pregão.
1 comentários:
Cacá (é assim que todos te chamam, né? Se não for, me diz aí..rsrs), você escreve muito bem e coloca suas idéias de forma muito inteligente.
Esses mesmos que carregam a pretensão de prever o óbvio, baseando-se no que já é, vivem de especulações e são os que mais prejudicam o país - junto com a imprensa de esgoto, claro. O ruim pra nós é o ótimo pra eles, mas esse quadro vai virar! Na verdade, eles experimentarão do próprio veneno, essa é a verdadeira lei.
Beijos
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