A simplicidade nos nossos dias
está virando sinônimo de sofisticação. De tanto ler e ouvir que “no meu tempo
tinha bom dia, como vai, obrigado, com licença, por favor, e outras
generosidades e gentilezas tão comuns”, eu só tenho a agradecer a toda essa grande
e grandiosa comunidade com a qual tenho tido o privilégio de conviver nos
últimos quatro anos. (Grande comunidade em
números e grandiosa porque concordo com todas as afirmações anteriores que ela
me proporciona).OBRIGADO A TODOS pela companhia, mesmo comigo meio ausente nos
últimos meses da minha rotina quase diária de publicações e contatos tão caros
para mim. Aproveito para desejar a todos ótimas festas, comemorações - seja lá
como e com quem for - e também desejar ainda com a intensidade mais sincera (já
que o mundo não vai mesmo acabar dia 21) que 2013 venha e permaneça saudável,
fecundo, cheio de muita paz e muito bem a todos. Abraços.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
RIR É O MELHOR REMÉDIO
imagem google |
Hospitais: mais vale um
preenchimento do que um procedimento
Ontem fui a um hospital, - no
pronto socorro - para um atendimento, que se não tinha tanta urgência, também
não era para tanta displicência. A atendente fez minha ficha. Dalí fui para o “acolhimento”.
Muito simpática a senhora. Ela só estava com pressa porque tinha que fumar um
cigarro (disse-me que estava precisando dar uma “vitamina para seu coração”). Eu
fiquei imaginando qual vitamina iam dar ao meu, afinal, fui lá ver se estava
tudo bem com ele. Aí, depois dela, num quase sim, fui para a triagem. O rapaz,
muito solícito (mas louco de pressa para atender o próximo) fez outra ficha
minha. Então pensei. Isso tudo vai lá para dentro e assim que o médico me
chamar ela já terá uma anamnese completa de minha vida pregressa e atual.
Depois de três horas, finalmente
o médico me chamou, junto com mais seis pessoas e fomos para uma nova sala de
espera. Ele foi “limpando a área”, liberando cada um que entrava em sua sala em
menos de cinco minutos. Competente o cara – pensei eu. Isso foi até eu entrar lá,
pois ele me perguntou tudo novamente, desde a primeira pergunta da primeira
atendente, depois as da mulher do acolhimento e depois, as do rapaz da triagem
e mais as dele como médico. (Engraçado é que ele conversava comigo sem sequer
olhar na minha cara uma única vez, mas tudo bem - pensei, ele não deve ir com a
cara de muita gente que entra em seu consultório). A lógica é que eu saísse de lá tinindo de
novo, afinal, tanta investigação costuma dar em bons diagnósticos e ótimas
prescrições. De cara, já me mandou tomar um ansiolítico (rivotril).
- Doutor, mas pra que rivotril?
Eu durmo bem, sou calmo!
- É só pra “quebrar a ansiedade”,
umas gotinhas apenas. E você fica lá na observação enquanto vou pedir ao
pessoal para lhe fazer uns exames. Sua pressão está um pouco alta.
Chego lá no “ponto dos aflitos”,
que é o local onde ficam as pessoas em observação (umas 60 ao todo que eu
contei), descobri a verdadeira causa da prescrição do rivotril. Era para eu dormir
um tempo (apenas o necessário para ele atender a mais e mais pessoas que
aguardavam lá fora).
Foi assim que descobri que minha
saúde tava boa, meu coração tá ótimo , pois a situação era para me enfartar de
raiva, fome e sede (depois de eu ter ficado lá na observação mesmo sem ser
muito notado por alguém) durante mais de 12 horas e ter ido embora desistindo
arrependido de ter saído de casa.
Não pensem que isso tudo foi
atendimento do mal falado SUS. Foi particular.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
MEMÓRIA E IDENTIDADE NACIONAL
Adicionar legenda |
Está se tornando difícil falar em identidade nacional. Já passamos por tanta aculturação e massificação que considera-se coisa exótica tudo que seja genuinamente brasileiro. Veja bem:
Produto importado sempre foi considerado melhor que o nacional
Programa televisivo americano sempre foi considerado melhor (senão não copiavam tanto)
Filme estrangeiro sempre foi considerado melhor
Dia das bruxas sempre teve mais valor do que o folclore nacional
Dia da bandeira quase ninguém tá nem aí
Dia do índio é considerado quase um favor
Independência é um feriado como outro qualquer
Dia do professor: ah, quanta saudade da louvação de significados que havia aos mestres!
Quem se lembra da Gurgel, única fábrica de carros 100% brasileira?
Nas ruas, pouco a pouco as camisas dos times Milan, Barcelona, Chelsea, Internacionale e outros vão tomando o lugar dos times brasileiros.
O recenseador do IBGE que esteve em minha casa me disse que a esmagadora maioria das pessoas por onde passou não se declara negra, a despeito das evidências.
Guaraná é uma planta nativa do Brasil e o refrigerante nem de longe é privilegiado como a Coca cola. Confesso que é difícil concorrer, mas não custa privilegiar o nosso tão bom guaraná.
Qual dos hinos a gente sabe a letra?
- De nossa cidade
- Do nosso estado
- Da bandeira
- Da independência
- Do hino nacional
Em minha opinião, um país só se torna uma grande nação se tiver, além da famigerada economia forte, valores que as pessoas se orgulhem deles. Não sou xenófobo nem nacionalista, mas essa tão propalada globalização se resume a aspectos econômicos. Basta tentar entrar num país qualquer como se estivesse andando nas ruas do Brasil, mesmo sendo a pessoa bem intencionada ou turista. Integração é uma coisa, dominação é outra muito diferente - e nefasta.
domingo, 2 de setembro de 2012
50 ANOS
EU E A KOMBI*
Meu maior consolo é que a Kombi é
mais velha do que eu.
A Kombi nasceu para carregar
pesos e levar pessoas.
Eu, não! Nasci leve e era para
caminhar com gente lado a lado.
Nesses anos todos transportamos cargas de toda
espécie,
levamos gente a muitos lugares,
carregamos alegrias, problemas e algumas soluções.
Promovemos encontros, levamos
mensagens, rompemos barreiras e tabus
- mesmo com estabilidade frágil e derrapagens
fáceis.
A fraqueza na hora de subidas
íngremes ou quando a carga era demasiada,
fez precisarmos ser empurrados muitas vezes.
A Kombi sempre sendo reinventada,
já teve a carroceria aberta,
cabine dupla para melhorar o
conforto de quem era transportado junto com a carga,
Feito costas que se alargam
E levam mais pesos do que gente junta.
Já foi beberrona e mudou o combustível muitas
vezes,
quase matando o carburador de
cirrose
perdeu potência , depois tornou-se mais flexível, ganhou novamente energia.
E, nos últimos tempos, um certo charme,
aprendido de tanto ter que ir-se
adaptando.
Pelo menos até agora não há
perspectiva dela sair de linha.
Com a loucura que se tornou a
vida, com pressa e impaciência ,
ela precisará reforçar-se com air
bags e freios ABS para sobreviver.
Sua saúde e esperança de longevidade dependerão
disso.
São recursos de autoproteção e proteção dos
pesos e das pessoas que vão fazer parte ainda de sua vida.
* A Kombi foi lançada no Brasil em 02/09/1957 e Eu fui lançado ao mundo
em 02/09/1962
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
DO VENTRE DA CORDILHEIRA
Em épocas diferentes da minha
vida li três relatos sobre personagens de uma guerrilha urbana no Brasil e na
América do Sul e todas elas me impactaram de formas diferentes no que diz
respeito aos significados políticos destas lutas contras as ditaduras militares
que se instalaram quase que simultaneamente no Brasil e na maioria dos países
da América do Sul. O primeiro, sobre um outro lado de Che Guevara, foi escrito
por um amigo sobrevivente ao extermínio de Che na Bolívia, nos anos 60 do
século XX. Che, além de um guerrilheiro e feroz combatente contra os regimes
ditatoriais tinha seu lado justiceiro e um outro que, para mim, era o maior
motivador de sua incursão na luta armada: o amor a uma causa, a um ideal e este
pode ser traduzido por amor universal. Impressionaram-me dentre tantas outras
coisas, a sua promessa de construir uma sociedade melhor e mais justa para suas
filhas. No livro MEU AMIGO CHE, de Ricardo Rojo, há alguns excertos de cartas
que ele enviava às suas filhas sempre que estavam acampados em algum lugar
escondido entre as montanhas que abrigaram a clandestinidade naqueles tempos.
Declarava repetidamente seu amor de pai e sua vontade de entregar-lhes um mundo
melhor, mais humano, menos desigual.
Muitos anos depois li COMPANHEIRA
CARMELA, escrito por Maurício Paiva, uma emocionante abordagem sobre uma mãe que abandonou sua pacata e rica vida
de fazendeira no Triângulo Mineiro(Araxá) para acompanhar seus dois filhos que
entraram no combate pela liberdade e pela igualdade, sendo presos e depois exilados
juntamente com ela, que, mesmo não sendo nenhuma guerrilheira nem mesmo
militante de qualquer movimento de libertação fez tudo pelo ideal de conservar
os laços familiares e de alguma forma proteger os filhos idealistas.
imagem da capa |
Agora, acabo de ter a satisfação
de ler o terceiro livro, DO VENTE DA CORDILHEIRA, uma carta (que para mim nunca
terá fim) de uma mãe e uma mulher apaixonada pelos filhos e pelo companheiro, que
vai ao encontro de seu amor com um filho ainda nos cueiros e outra no ventre (a
quem ela dedica as falas da narrativa, sua filha Yasmine, que veio nascer em pleno furor da repressão ,
torturas, assassinatos e censura dos governos militares que fincaram pé no
Brasil em 1964 e só devolveram o poder ao povo em 1985. O longo episódio
narrado por Isolda Melo Lemos passou-se no Chile entre 71 e 72, onde seu
companheiro estava exilado e para onde foi a maior parte dos Brasileiros
expulsos pelo regime militar ou que conseguiram escapar de suas garras. Era
assim com todos aqueles que ousavam desafiar as verdades plantadas como ameaça de
comunismo no país, vinda através dos ecos da guerra fria que se estabeleceu por
muitas décadas entre os blocos capitalista e comunista, liderados
respectivamente pelos EUA e URSS (hoje Rússia). Uma mãe grávida, a despeito de
todos os riscos, confundida com guerrilheira, terrorista, intimidada e vigiada, mesmo não tendo ligação
alguma com os ideais revolucionários dos que foram à luta, enfrentou com
impávida bravura o que era preciso em nome da manutenção de sua família. Ao
completar 18 anos, sua filha recebeu os manuscritos da mãe como um presente
histórico e mais do que isso, como registro de uma inesquecível saga. Era amor
em estado puro, incontestável sob qualquer olhar que se coloque nos seus
gestos.
Acostumamo-nos a interpretar de forma
maniqueísta o que ocorreu no Brasil durante a ditadura. De um lado os
“terroristas”, assim tratados pelo regime e pela maior parte da imprensa. De
outro lado, os “salvadores da pátria” de um espectro de comunistas que comiam
criancinhas e que iriam tomar todo o dinheiro dos ricos. Isso quase desumanizou
os personagens, fez com que suas vidas não passassem de ficção tal como mocinhos
e bandidos de um filme mal feito. Para
mim, o que moveu Isolda, tal como o que moveu Che e moveu Carmela foi aquilo
que nos move a todos, mais ou menos intensamente, mais ou menos ousadamente,
mais ou menos destemidamente: a busca que empreendemos pelo Amor fraterno, filial, conjugal, universal. O amor que torna-nos idealistas a
ponto de arriscar a própria vida por uma causa que, mesmo não sendo a nossa
perspectiva, supera tudo o mais: medo, ideologias, cansaço, pessimismo e
prevalece a crença inabalável (porque acompanhada de atos quase heroicos) de
que ao final, ele, o amor, triunfará. Quem é pai, quem é mãe, quem ama seus
irmãos, seus amigos, enfim, quem coloca como tônica de sua vida o amor sabe do
que falo e há de se emocionar e entender o significado tão profundo do amor, a
importância de um ideal para nossas vidas em qualquer época. A carta é toda
linda, o livro é todo emocionante.
Parabéns a você, Yasmine e a toda esta linda família-amor
DESCULPAS: Amigos, perdoem a minha ausência momentânea em seus blogs. Estou num ritmo frenético de viagens e o tempo anda meio apertado. Assim que me acomodar mais um pouco eu retorno em cada um, com prazer, alegria e gratidão. Abraços. Paz e bem.
DESCULPAS: Amigos, perdoem a minha ausência momentânea em seus blogs. Estou num ritmo frenético de viagens e o tempo anda meio apertado. Assim que me acomodar mais um pouco eu retorno em cada um, com prazer, alegria e gratidão. Abraços. Paz e bem.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
DEUS E A MEGA SENA
imagem google |
A chance de uma pessoa acertar as
seis dezenas da mega-sena num jogo simples é uma em 50 milhões. Considerando-se
que somos já 200 milhões de pessoas no Brasil e nem todos jogam, as chances
aumentam consideravelmente. Coisa de 1 para 40 milhões mais ou menos quando ela
está acumulada. Muita gente nem se dá conta disso e outras pessoas dão, pois
leram atrás do cartão a explicação matematicamente certinha. Mas um e outro
mesmo assim costumam apelar para Deus.
Outro dia eu estava numa fila da loteria
(adivinhem para que?) e comecei a prestar a atenção nos papos de fila. O valor
acumulado era de mais de 30 milhões de reais e a previsão de que o próximo
sorteio ia bater nos 40. Coisa para atiçar os devaneios e intensificar a fé.
Até mesmo de criar uma fé súbita
.
- Se Deus me ajudar a ganhar eu
prometo ajudar toda a minha família e os meus amigos, disse uma senhora.
- Ah, minha filha, se Deus me der
uma forcinha eu repagino a minha matéria plástica no Pitanguy e vou conhecer o
mundo todo, disse outra.
“Se Ele ajudar somente a um ou
dois eu protesto.” Pensei baixinho e não disse nada para não cometer heresia
aos olhos de quem se imagina na fila de Deus sem contrapartida. Ia dizer que Ele
é bairrista, discriminador e desnaturado. Onde já se viu com tantos filhos dar
preferência a um ou outro, ainda mais em jogo de azar? Voltei pra casa pensando
em alguns preceitos bíblicos: “faça a tua parte e eu te ajudarei”. A minha
parte não poderia ser apenas um joguinho de mega sena. Senão onde ficaria
aquele outro ensinamento “ganharás o teu pão com o suor de teu rosto”? Apesar
de todo o calor que estava fazendo naquela fila, mesmo assim seria muita
injustiça com quem rala muitas horas por dia atrás do sustento (por muito menos
do que uma bolada daquelas).
Transferir o fardo pesado que temos que carregar
em vida é uma constante em muitos de nós. Até me lembrei do refrão de uma
música sacra que diz assim: “segura na mão de Deus e vai.” Tem gente entregando
na mão de Deus e ficando sentado esperando ele carregar sozinho.
AMIGOS, SEMANA QUE VEM EU VOLTO E AGRADEÇO AS VISITAS. PAZ E BEM
terça-feira, 17 de julho de 2012
LANÇAMENTOS
A TODOS OS AMIGOS
O meu agradecimento e um abraço
Rua Guarda Mor Custódio, 156, Casa do Bras - Itabira-MG
(Dentro da programação do 38. Festival de Inverno)
O meu agradecimento e um abraço
Rua Guarda Mor Custódio, 156, Casa do Bras - Itabira-MG
(Dentro da programação do 38. Festival de Inverno)
domingo, 15 de julho de 2012
LER NÃO CAUSA L.E.R.* - DIA DO HOMEM
A imprensa brasileira tem noticiado que algumas
empresas têm investido em ações de marketing alusivas ao Dia do Homem, que é
comemorado no país em 15 de julho. A data – internacionalmente celebrada em 19
de novembro – foi estabelecida por Mikhail Gorbachev, ex-presidente Russo, com
apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e de grupos de defesa dos direitos
masculinos da América do Norte, Europa, África e Ásia. A proposta inicial era
promover a igualdade entre os gêneros e incentivar a população masculina a
cuidar da saúde de forma preventiva.
Mas, posso discordar dessas sugestões de
presentes? Creio que seria melhor presentear com um livro. Sim, um singelo
livro! Exatamente porque os homens brasileiros precisam ler mais – é o que
mostra a terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, conduzida
pelo Instituto Pró-Livro. Os dados revelam que apenas 43% dos leitores
brasileiros são homens. As mulheres – 53% das leitoras do país – têm um papel
fundamental para incentivá-los a tornar a leitura um hábito. Professoras e
mães, em especial, pois são responsáveis pela indicação e incentivo à leitura:
45% e 43%, respectivamente.
Em um artigo muito interessante, o professor e
escritor Mario Sérgio Cortella nos lembra da cartilha Caminho suave, de Branca
Alves de Lima. Ele conta que no capítulo sobre a família, a ilustração mostrava
um pai sentado em uma poltrona, lendo o jornal. Atrás dele, em pé, a mãe
vestida com um avental, segurava uma bandeja com um café. A imagem era
composta, ainda, de uma menina, brincando com uma boneca e um menino, com um
carrinho. Não acredito que tenha sido proposital, mas a imagem passava a clara
mensagem que os homens leem e as mulheres servem. Uma indução inocente, mas
desagradável.
No mundo contemporâneo, por que os homens
brasileiros leem menos? Antes que alguém evoque a maior sensibilidade feminina
para as artes, o hipotético “tempo de sobra” ou argumentos similarmente
frágeis, recorro novamente às pesquisas. Quando questionados em estudos sobre o
que estão fazendo nos momentos de lazer, homens e meninos revelam: dedicam mais
tempo à televisão – especialmente programas de esportes –, acessam a internet e
convidam os amigos para jogar videogame.
De toda forma, a questão da leitura no Brasil é
extremamente delicada. A pesquisa mostrou que a parcela de leitores caiu de
55%, em 2007, para 50% em 2011. O número de brasileiros considerados leitores –
que leram uma obra nos três meses que antecederam a pesquisa – caiu de 95,6
milhões, em 2007, para 88,2 milhões em 2011. Os dados mostram que precisamos
investir em uma nova cultura capaz de formar uma nova geração de homens e
mulheres; uma nova geração de leitores.
Lourdes Magalhães é presidente da Primavera
Editorial
L.E.R. – Lesão por Esforço Repetitivo
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